O fato sem politicagem 21/07/2022
O tempo vai ficando exíguo e as incertezas continuam a dominar as ações de alguns partidos que ainda permanecem postulando o direito de concorrer ao cargo maior que é o de presidente da República. Exceto o PT que já se posiciona com Lula e Alkmin, presidente e vice, temos os demais tentando se compor para começar a grande corrida presidencial. Mesmo tendo a pré-campanha iniciada bem antes, a lentidão é o reflexo da instabilidade política nacional.
O PL tem se mostrado como um partido de pouca experiência para conduzir uma campanha majoritária, mesmo tendo como quase certa a escalação do general Braga Neto, o quase ainda é determinante e nada política tudo é esperando até à última hora, enquanto isso o próprio Bolsonaro se encarrega de continuar sua peleja contra o TSE, agora com o presidente do órgão, Edson Fachin dando prazo de 5 dias para que Bolsonaro se justifica sobre sua última lambança.
Nada mais degradante para um presidente da República ter que se justificar junto a outro Poder para que possa ser julgado e talvez condenado pelo seu comportamento nada republicano, no exercício do cargo, principalmente, quando o assunto tem repercussão internacional, como o caso das urnas eletrônicas, situação que devia ter sido resolvida internamente entre os Poderes, sem esse vexame todo, o pior é que os oponentes, Judiciário e Executivo são culpados por esse transtorno.
No PDT, hoje o já veterano candidato ao cargo de presidente da República, participante de 4 eleições, Ciro Gomes, continua com sua cantilena, com todas as notas musicais inalteradas, buscando o reconhecimento do eleitorado, tentando vender o papel de ser o único candidato possível de quebrar essa corrente da polarização, entre Bolsonaro e Lula, para tanto tem atirado em direção dos dois, como se fora o paladino da democracia de da liberdade econômica.
O MDB vem com sua presidenciável, senadora Simone Tebet, com o vice Tasso Jereissati (PSDB) parceria ainda não oficializada, porém tida como favas contadas; esse é o caso mais emblemático do momento, o próprio MDB anda dividido no apoio a essa chapa, há uma corrente muito forte dentro do partido da Simone Tebet, irredutível ao apoio ao ex-presidente Lula (PT), levando muita insegurança aos dois partidos, causando pânico aos seus membros.
As demais candidaturas são postulantes ao estrelato, colocando seus nomes como se fora um laboratório de ensaio, objetivando sondar suas possibilidades políticas para o futuro, sem quase nenhuma chance pelo menos nas próximas eleições. Caso não ocorra nenhum acidente de percurso, fatalmente, o segundo turno será disputado pela dupla, que não gostaríamos que ocorressem, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. A sorte está lançada, isso é um fato.
Genival Dantas
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