No meio da crise é preciso ter mais que um coração empedernido (23/08/2021)
O Fato Sem Politicagem 23/08/2021
Mesmo com toda crise continuamos a tocar o barco fazendo de conta que é apenas um hiato e nada mais que surgiu em nossa rota, acidente de percurso é coisa normal. E assim vamos nós, um povo otimista, idealizador, esperançoso e acima de tudo um resiliente. As Olimpíadas ficaram no passado, tivemos nossos heróis e heroínas, conquistamos 21 medalhas, não interesse quantas de ouro, prata ou bronze, o que ficou foi às imagens sorridentes dos nossos jovens atletas e seus esforços.
Temos um novo momento que começa especificamente amanhã, em terras do sol nascente, o Japão de tanta bravura, lá onde tudo se agiganta. Certamente, quando a chama brilhar, nossos heróis, que seguiram para brilhar na paraolimpíada do Japão, vão brilhar em várias modalidades dentre das 22 que serão apresentadas e disputadas pelos atletas mundiais, portadores de algum defeito físico; mas que não impede que seja tão feliz quanto nós tidos como normais.
Enquanto uma parcela da humanidade se concentra em determinado local disputando suas medalhas, outra parte continua na luta em defesa da sua sobrevivência, quando seu único prêmio, quando consegue, é matar a fome dos seus. Aqui no Brasil a fome tem nos atacado por vários flancos e de forma distinta, mesmo com o governo tentando amenizar a situação com prorrogação da assistência com valores que não corresponde ao alcance das necessidades individuais.
Mais sórdido é constatar que outra parcela da humanidade, tem aproveitado a oportunidade, quando o governo federal faz prevalecer o espírito federativo, faz distribuição equânime para os Estados e especificamente, setor da saúde, fazendo frente às carências sócias de cada região, nesse exato momento, há pessoas atuando dentro dos governos Estaduais e Municipais se servindo dos recursos enviados para benefício próprio, mormente no primeiro escalão da administração pública.
Outra fatia se esforça para em conluio com facções do crime organizado, especificamente no Rio de Janeiro, para beneficiar o próprio crime e seus párias. Esse tipo de associação converge sempre para o inusitado, a sociedade formal e constituída alimenta o crime que realimenta a sociedade e assim seguem até que sejam alcançados por quem de direito, mesmo sabendo que pode até ser recolhido ao fundo de uma cela, porém por pouco tempo e que a própria justiça o solte.
De fatia em fatia estamos sendo esfacelados por aqueles que deviam cuidar do nosso presente e por consequência o próprio futuro. No atual estágio da humanidade é querer demais, esperar que o ser humano tenha preocupações com terceiros, nem mesmo seu projeto de vida ele tem podido zelar por ele, não há tempo para coisas menores, existe outros assuntos de maiores relevâncias. O homem de hoje tem que se preocupar com o ter, o ser é tão menor que não vale a pena pensar, assim pensa!
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