O Fato Sem Politicagem 06/02/2021
Definitivamente, a primeira semana de fevereiro, 01/06, não foi a mais positiva como se esperava dentro da expectativa política, muita coisa recomeçando, partindo do ano legislativo e judiciário e outras iniciativas que se fazem necessárias para que o país ande par e passo com as necessidades socioeconômicas impostas pela premência de ações em momentos de crises tal qual o nosso momento.
O Congresso Nacional abre seus trabalhos voltados para as prioridades mais emergenciais para a sociedade mais carente, portanto necessitada de apoio, tanto da sociedade civil como do próprio governo, muito embora exista dentro daquela Casa legislativa consenso, dos mais sensatos, o tema terminou por ficar vinculada aos acertos políticos entre os congressistas e a área econômica do Executivo.
Depois de quase sete anos de atuação, o Projeto Lava Jato foi finalmente vencido pelos que viam naquela iniciativa do MPF um apêndice do Judiciário incômodo e inconveniente para as raposas dos Poderes, o sepultamento ocorreu sem pompa e circunstância, igual um indigente lançado dentro de uma cova rasa, o silêncio substituiu os rasgados elogios dos oradores de plantão que se fizeram ausentes e indiferentes.
Nesse caso venceu o crime, principalmente os praticados pelos furibundos contraventores pertencentes ao mundo político do patrimonialismo devasso. Esses se sentindo subjacentes apostaram suas fixas no descalabro da própria justiça, como tribunos profissionais que eles os são, aliaram suas defesas conseguindo tirar dos seus caminhos a pedra de trocentos impeditivos abrindo amplas possibilidades de consecução dos seus atos nem tão vicejantes para o Brasil.
Porteiras abertas, tramelas quebradas, o canto solitário e lamuriante da lambu no pasto, como a prever que muitas luas cheias e tenebrosas teremos que suportar com o grito de socorro da velha sociedade coaptada pela aderência das palavras fáceis dos veteranos da política suja, no continuísmo da corrupção sistêmica enraizada nos nossos governos; administrada desde a ditadura Varguista, passando por vários governos e atingindo seu ápice nos últimos 32 anos.
A debilidade do nosso sistema governamental é tão evidente que a falta de uma matriz administrativa não provoca um matiz em seu aspecto. Estamos cercados pela incompetência e a incapacidade de gerir dos nossos gestores; já não sabemos observar se as falhas gritantes de interveniências, ações incoerentes, ou práticas de atitudes por quem não se encontra habilitado para o exercício das atividades inerentes aos cargos e funções da República.
O fato é que estamos cansados de tantos desencontros e descompasso dos nossos governantes aqui vai uma crítica generalizada, desde o gestor Municipal, Estadual e Federal, estão todos com déficit de coerência, vontade de acertar, melhor o desempenho, mesmo que não seja coletivo que se faça um esforço para que ocorra uma participação mais positiva, mesmo que individualmente, pelo menos, nós, da atividade privada tentamos fazer nossa parte.
Enquanto procuramos acertar, o Poder Público não esboça nenhum esforço para sair do marasmo em que se meteu, parece até a construção da Torre de Babel, quando chegou a um determinado momento ninguém mais se entendia, caminhamos para o obscurantismo total, tanto técnico como científico, só nos resta esperar que um raio de luz penetrasse à cabeça dessa gente sem nenhum resquício de luminosidade e enxergue algum clarão dentro das trevas em que se meteram.
Até quando vamos esperar por algum lampejo de iniciativa e criatividade de quem devia buscar socorro, mesmo entre os seus desafetos, estamos em guerra, pouca gente observou esse fato, corremos contra o relógio, temos que nos socorrer usando todas as forças, critérios e chances, quando tudo for resolvido vamos procurar onde, quem e quando falhamos, o momento é de juntar forças e eliminarmos o inimigo comum que se chama pandemia do Coronavírus.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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