Nem tudo que é meritório é passível e peremptório de ser implantado

Marcha com o pé direito para os teus deveres, com o pé esquerdo para teus prazeres.

                         Pitágoras – 07/10/2025

Nos governos com ideologia política voltada para o Socialismo e ou Comunismo todo e qualquer projeto de cunho social tem prevalência sobre os demais, por várias razões, nem sempre o sucesso é absoluto de sua implantação dentro daquilo que é preconizado e o que de fato acontece. Na maioria das vezes a pouquidade é determinante para adiamentos ou até mesmo ser colocado no compasso de espera.

A Câmara de Belo Horizontou rejeitou projeto que implantaria a tarifa zero para o serviço de ônibus daquela capital, porém a conta realmente não fechava, de fato se fosse tão simples como se imagina o sistema já estava implantado desde o começo dos governos Lulopetistas pelo que representa para os mais carentes e sua necessidade para um país pobre com carga tributária de país rico.

A análise é muito simples, temos atualmente 138 municípios com dotação do sistema de tarifa zero, o maior município inserido nesse contexto é São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, com 165 mil habitantes, 15 km² de área e 8 linhas de ônibus, implantadas quando do surgimento da gratuidade, ocorrendo que triplicou os números de passageiros, já se discute o sistema apenas para os residentes na cidade.

Enquanto São Caetano tem um custo de R$40 milhões por ano, com o sistema, representando 1,6% do seu orçamento, para Belo Horizonte, estimativa do projeto, o custo para sua operacionalidade é de R$ 2 bilhões anuais, no entorno de 10% do seu orçamento. Para se ter uma ideia, em 2024, BH gastou um terço desse valou, ou seja 3,3%do seu orçamento com subsídios ao transporte público.

É bom lembrar que é um projeto meritório, entretanto, esbarramos na complexidade da nossa inópia, pois o cobertor é curto e a criança é grande, ou cobre os pés e ou a cabeça, muitas são as necessidades prementes poucos são os recursos disponíveis tanto nos governos, federal, estaduais e municipais.

Para financiar esse projeto necessitaria de mais impostos, sangrando os pagadores de impostos, mais uma vez, entendendo que a maioria das empresas já arcam com o vale transporte, parte delas, a maioria não tem como arcar com esse custo.

Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista

genivaldantasrp@gmail.com