Os últimos acontecimentos na política brasileira preponderantemente no Executivo Federal a simetria interdepartamentais praticamente inexiste, há sim um verdadeiro ruído na comunicação gerando obstruções tanto na horizontal como vertical. Sabemos que o nosso Presidente não é muito afeto a pensar antes de anunciar ou agir e reagir, sintoma que vem se impondo desde o início da sua gestão.
Essa falha comportamental tem acarretado problemas de relacionamento dentro do próprio Governo e com outros poderes, tal qual Legislativo e Judiciário. Recalcitrância tem proporcionado muitas concomitâncias desastrosas primordialmente prejuízos políticos junto a Câmara Federal, quando na aprovação das medidas necessárias para desatar os nós que atam a economia como um todo.
O anuncio da indicação do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro à Embaixada do Brasil junto aos EUA, configura um apetite desastroso ao fazer reserva de mercado aos membros da sua família, não se discute problemas políticos, mas de caráter moral e democrático sem beligerâncias internas e partidárias. Esse foi um dos primeiros temas que veio obnubilar o comportamento do Presidente Bolsonaro.
A sequência foi mais inusitada, tentar explicar que daria o melhor pedaço da carne para seu filho, em detrimento de outros pretendentes, sem medo de errar, foi de uma arrogância atroz. Não satisfeito, ao criticar dois governadores da oposição e do Nordeste, simples e Jocosamente os qualificou como paraíbas, termo pejorativo aos que nascem naquela região, verdadeiro desrespeito só comparável ao insignificante Deputado Federal Paulo Pimento (PT/RS), tratando-nos de porcos, como se fôssemos da laia dele.
Esses acintes vindos de pessoas que exercem cargos públicos não ficam bem, recomendáveis apenas aos que sofrem de espasmos celebrais e em ambientes de baixa recomendação, preferencialmente no meio de mata densa e na ausência de qualquer ser pensante. Quero crer que essas admoestações e manifestações devem ser feitas no máximo em cabarés barato e respeitando a presença das moças que ali trabalham, não respeitando apenas a presença dos desconsiderados que ali frequentam para aliviarem suas necessidades animalescas.
O que fica claro é que o Presidente da República tem a facilidade de problematizar qualquer assunto de fácil solução, à revelia do revestimento do cargo que ocupa e respeito ao povo brasileiro. Quando se é eleito a qualquer cargo, tanto no Executivo como Legislativo, o escolhido tem, no mínimo, que ser respeitoso para com o eleitor, mesmo aquele que não tenha votado nele, nenhum cargo é tido como passaporte para a inconsequência e uso do cargo público para o bel prazer da ignomínia.
Caso o Governo Federal continue com esses despropérios estará fadado a ser derrotado até mesmo no segundo turno da votação do Projeto da Reforma da Previdência, ainda na Câmara Federal, antes de seguir para o Senado. Vai ficar muito bonito, caso se configure o malogro, da votação, depois do esforço feito pela Nação para obtenção do alinhamento político em direção ao começo, tardiamente, da legislatura atual.
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