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Foto do escritorGenival Dantas

Nem todo retorno é calmo e com final feliz(29/07/2020)

Atualizado: 30 de jul. de 2020



A situação do povo brasileiro, assim como da maioria dos países e de todos os continentes, é de muita tensão e preocupação, não poderiam ser diferentes, depois de longo período de quarentena, muitas mortes 88.634, 2.485.689 de infectados e 1.721.560 recuperados do Coronavírus, desde fevereiro último, não podemos negar que o clima emocional é de muitas dúvidas, incertezas, dificuldades de sobrevivência e falta de perspectivas para muitos que perderam seus empregos, foram afastados e sem a certeza de encontrar sua vaga de trabalho, nem mesmo se a empresa em que estava trabalhando vai continuar operando no mercado.

Todos os segmentos estão simplesmente sem rumo certo, tanto o empresário, empregador, como para o empregado o momento é dramático. Começam as primeiras manifestações de retorno às atividades agora dentre de um novo normal, esse novo normal é que fica cruciante para os que nem sabem como encarar o mundo que sobreviveu a pandemia global. Faremos uma avaliação das probabilidades que devem surgir doravante e suas prováveis restrições:

· Educação – essa é uma área que está sendo vista como uma das mais difíceis de ter um retorno que venha agradar no seu todo. Temos os professores divididos se retornam ou se opta por greve, esperando o surgimento de uma vacina teoricamente eficiente e eficaz, garantindo os trabalhos com o máximo de garantia tanto para eles como para os alunos. Enquanto isso, apenas um Estado, o Amazonas, está anunciando o retorno às aulas imediatamente, a maioria ainda busca soluções regionais;

O estado de São Paulo, mesmo tendo autorizado o retorno das aulas, a Capital, através do Conselho Municipal de Educação prepara resolução joga no colo dos pais a decisão do efetivo retorno. Propondo suspender as faltas daqueles alunos que não optarem pelas aulas presenciais, esse posicionamento é para a rede pública municipal;

O Governo Federal imergido na sua incapacidade de ação ou reação, numa inépcia inacreditável, terceiriza suas ações aos governos estaduais e municipais, sem aptidão para as atividades participativa, voltado tão somente ao que ele pode fazer para superar a crise nessa área com o ensino ideológico e como romper essa barreira fomentada pelos governos socialistas baseados na bandeira do manifesto do Partido Comunista, dentro dos dez conceitos o décimo é exatamente o que busca o ensino obrigatório e voltado para a ideia da vitória da ditadura do proletariado.

Enquanto isso, o Governo tenta impor a ideia do, homeschooling, ensino domiciliar, aproveitando o gancho da parada do ano letivo, o grande problema é convencer o Congresso Nacional de transformar esse conceito, que não é novo, pelo contrário, é bastante antigo, inclusive, a história relata alguns nomes mundialmente conhecidos e usaram desse expediente, tais como: Alexandre Graham Bell, Pearl Sydenstricker Buck, C.S.Lewis (Clive Staples Levis) e o não menos importante Thomas Edson, todos eles foram homeschoolers;

A falta de esclarecimento funciona como impeditivo para que transformemos essa solução em definitivo, é bom ressaltar, temos hoje 60 países que usam essa modalidade de ensino, os EUA é um deles e tem uma participação de menos de 1% dessa prática sem afetar o ensino tido convencional, portanto o receio que alguns congressistas têm que a implantação desse sistema venha afetar aos profissionais de ensino e a falência das escolas, simplesmente não existe. A grande vantagem é barrar, de certa forma e para alguns grupos, o ensino com víeis ideológico;

· Indústria Aeronáutica – esse é o segmento que surgem em 1910, porém ele só foi valorizado e florescente, no governo de Getúlio Vargas e a criação do Ministério da Aeronáutica em 1941e a participação ativa de Salgado Filho, reconhecidamente seu primeiro e grande Ministro. A Embraer S.A hoje representa a nossa grande indústria nessa área, fundada em 1969, tendo como fundador o sempre lembrado Ozires Silva, engenheiro aeronáutico, formado pelo ITA, tendo presidido a Petrobras e a antiga Varig, além de ter sido Ministro das Comunicações;

Essas referências foram para lembrar essa grande empresa que atravessa, assim como outras no cenário mundial, grandes dificuldades financeiras, essa fase vem bem antes da pandemia do Coronavírus. As empresas que operam no ar, com seus pássaros de aço, como diz Mano Velho, grande comunicador, entraram em colapso em primeiro lugar, aqui no Brasil temos a Latam, Gol Linhas Aéreas e a Azul, estão conseguindo superior o momento, com promessa do Governo Federal de ajudar no retorno das atividades dessas empresas dentro de uma rotina comercial aceitável;

As indústrias aeronáuticas estão atravessando uma fase de muita dificuldade em todos seus países de origem. A Embraer vinha negociando parte de sua empresa para a Boeing, devido aos problemas de mercado o negócio foi desfeito depois de a empresa brasileira ter investido R$ 485,5 milhões para separar a divisão de aviões comerciais com venda acertada para a Boeing e ela desistiu do negócio em abril último. Essa desistência aliada aos problemas anteriores, falta de encomendas e cancelamentos de outros, fez com que a empresa se reestruturasse com troca de parte da diretoria e elaborasse novo planejamento na tentativa de superar essa crise em andamento. Torcemos que, efetivamente, para ela, seja uma crise passageira.

· A esperança não pode passar – com todos os problemas que estamos passando a única determinante que não pode passar nessa hora é a esperança que tudo passe e que voltemos a nossas rotinas. A mostragem dos setores em crise é algo pequeno comparado com o universo das empresas que se apresentam preocupantes, merecedores de todo nosso respeito e consideração e muito mais apreço pelo Governo Brasileiro. Se os setores comerciais e industriais fracassarem seremos todos penalizados, portanto é bom que estejamos todos compenetrados e imbuídos da responsabilidade e fazermos o máximo por tantos que já fizeram muito por nós.

Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista




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