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Foto do escritorGenival Dantas

Nada mudou mesmo as falenas humanas (08/03/2020)



Ontem fiz 67 anos e muita luta em prol da Democracia verdadeiramente dita, passei por entreveros, encarei muitas desventuras, estuguei o passo nos riscos, confabulei com os contrários quando foi possível, açodei a vida nas suas necessidades, sofri, chorei, mas sobrevivi às intempéries. Eis-me aqui pronto para novas jornadas, sagas e aventuras, determinado como nunca estive, não me sinto velho, apenas um pouco mais experiente que antes.


Nessa vida de inquietudes, mares revoltos, de encontros e desencontros passei por desditas enxovalhadas, situações de perjuros, nada deliberadamente, apenas para me safar de situações extremadas provocadas por adversários bravateiros e barzoneiros. Cruzei o Brasil de Norte ao Sul, de Leste ao Oeste, atravessei o Nordeste e me fixei no Sudeste depois de viver no Centro-Oeste. Portanto daqui levarei muitas histórias para contar, se é que irei a algum lugar.


No plano familiar como é sabido desde os anos de 1500, coincidente com o descobrimento do Brasil e imposição da Igreja Católica Apostólica Romana, temos o modelo da família constituída por duas pessoas de sexo diferentes, o homem e a mulher, com a finalidade de procriação e aumento da raça humana, essa característica vem sendo contestada nos últimos anos e a defesa do casal composto por duas pessoas do mesmo sexo, uma formação de dois Seres que possam se amar sem preconceitos mesmo que sem condições de procriação, só vamos ter condições de avaliarmos o resultado desse desafio daqui a muitos anos, mas temos que respeitar a vontade dos outros desde que não ofenda o coletivo.


A impressão que ficou foi, em termos políticos, que o tempo foi mais célere que o desejo desprendido, nas aventuras que ultrapassei, pelos mecenas contra os jactantes de plantões. Nesse espaço de tempo compreendi que o homem político foi, é, e será sempre o mesmo com a moral da época, e do tempo praticado, mesmo conservando a mesma ética, essa é imutável, desde sempre. Falando em político, devo admitir, tenho uma percepção da conduta dessa classe não muito afável, a maioria dos seus componentes é voltada para seus projetos pessoas, dificilmente olham para os problemas alheios mesmo necessitando desses para sobreviverem politicamente, pois é beneficiada pelos seus votos, isso numa democracia plena.


Fui testemunha ocular pelos resultados bons e ruins dos vários administradores públicos nos últimos 60 anos. Final dos anos 50 e começo dos anos 60, tivemos um governo dinâmico e operativo, com visão de um futuro próspero, atuando numa democracia aberta com participação da sociedade com um todo, governo Juscelino Kubitschek, período da gestão conhecida como 50 em cinco anos, segundo a história brasileira foi o primeiro governo, depois da Monarquia com Dom Pedro ll que o país conheceu de fato um verdadeiro período de desenvolvimento com democracia plena.


Na sequência tivemos uma fase descompensada com o surgimento do populista e desequilibrado Jânio de Silva Quadros, ficando pouco tempo no cargo, menos de um ano, tendo renunciado achando que retornaria pelos braços do povo e dos militares, grave erro de cálculo, deu chance de assumir o governo o comunista aliado da União Soviética, base do comunismo mundial, fizeram de tudo para implantar esse sistema nefasto no nosso país, o presidente e os socialistas comunistas à época, sendo barrados pelo próprio povo e os militares que assumiram o comando do país e nos deixaram um legado de prosperidade e desenvolvimento econômico e cultural nunca mais repetido.


Depois de 21 anos de criação e respeito à Nação brasileira volta ao regime tido como democrático, porém com participação dos socialistas mascados e impostores, se passando por democratas. Finalmente surge o período mais nefasto da história política brasileira com o governo do Lulopetismo, com dois governos de quatro anos cada, de Luiz Inácio Lula da Silva, tido e reconhecido mundialmente como o governo Republicando mais corrupto de todos os tempos e em todo o planeta, levando o país a bancarrota, com desvio de dinheiro do erário, assalto aos cofres públicos via empresas estatais e a própria administração direta e indireta, essa vigarice foi feita em parceria com parte de empresários da iniciativa privada.


Na sequência, esse mau elemento, Lula, consegue com toda demagógica e mitomania que lhe é peculiar, eleger a não menos deplorável administradora, Dilma Rousseff, por quase seis anos de governo, sendo um mandato e parte de segundo mandato, enterrando o Brasil, definitivamente no mar de lama em que nos encontramos, todas as falcatruas operadas dentro do governo Dilma, segundo a imprensa, teve as digitais do presidente anterior, Lula.


Essa tragédia ocorreu com muitas lágrimas e sofrimento do povo, pois esses coitados foram ludibriados, esses governantes incautos usaram o nome do povo para usurpar poderes e transgredirem as leis do país e tirarem proveito dos cargos ocupados, muitos foram os malandros e quadrilheiros que se beneficiaram do poder público sob o comando do chefe mor Luiz Inácio Lula da Silva.


Infelizmente nada foi afastado definitivamente, estamos com um novo presidente, mesmo sendo ele uma pessoa de bons costumes e aparentemente honesto, até agora nada foi levantado que pudesse ser imputado a ele a pecha de desonesto, entretanto ele tem falhado com seus arroubos e escolhas falhas nos seus auxiliares diretos, com alto giro no turnover de sua equipe, com uma administração que iniciou combatendo ideologias, porém usa outra ideologia para combater a anterior. Há descontentamento entre os Poderes constituído e corremos sérios riscos de uma comoção social.


Somos partidários que o atual presidente tome uma nova rota administrativa, ponde em prática conceitos mais amenos e objetivos em direção ao futuro com menos ruído na comunicação e práticas mais assertivas para que não venhamos a ter prejuízos na nossa democracia por quem tanto lutamos. Para que tudo corra bem se faz necessárias correções tanto no Executivo como no Legislativo e Judiciário, que se encontram contaminados com o vírus da insensatez.


Genival Torres Dantas

Poeta, escritor e Jornalista


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