Nada está certo nem tudo está errado é uma questão de semântica sincrônica (23/04/2021)
O Fato Sem Politicagem 23/04/2021
Finalmente, ontem o presidente Bolsonaro sancionou com vetos parciais, depois de muitas controvérsias, a Lei orçamentária de 202, o presidente esperou até o minuto final do prazo estabelecido para apor sua assinatura; não tenha dúvidas que Bolsonaro deve ter engolido muitos gatos e sapos para tomar essa decisão, ele estava entre sancionar sem veto, seguindo rigidamente o que determinava o presidente da Câmara, Artur Lira (progressista/AL) ou fazer os vetos necessários para agradar seu posto Ipiranga (Paulo Guedes).
Depois de muitas negociações, cortes e acréscimos, as acomodações se verificaram e, dos R$ 19,8 bilhões vetados, R$ 10,5 bilhões foram cortados em emendas do relator, mais R$ 1,4 bilhão de emendas de comissão do Legislativo, adicionados à versão do texto aprovado no Congresso; vamos convencionar que as emendas parlamentares foram o ponto crucial e tensão, sua exiguidade levou Bolsonaro aos vetos. Lembrando que outros R$ 7,9 bilhões serão subtraídos das despesas discricionárias do Poder Executivo;
Muito embora a insatisfação continue tomando conta dos corredores do Poder Legislativo, pelo menos, a priori, Bolsonaro coloca um vetor na possibilidade de pedido de impeachment, tema favorito da esquerda oposicionista ao governo Bolsonaro, mais ainda, mantém na sua equipe, fator determinante para a continuidade do atual governo, o ministro Paulo Guedes, já sendo fritado desde muito tempo, em decorrência de vários fatores negativos dentro do seu ministério.
Esse assunto ainda não chegou ao seu final, temos outras rodadas dentro do Legislativo, agora com menos tensão, apesar de correntes discordantes tanto dentro do Executivo como no próprio Legislativo. O que tem chamado atenção da área econômica, em geral, é que o orçamento para 2022 já se encontra em marcha, ante ao grau de dificuldade de aprovação de matérias, do Executivo no Legislativo, é melhor que o trâmite ocorra de imediato.
Vamos convencionar que a semana útil que se encerra hoje foi, sem dúvidas, foi de uma correria infernal para os Três Poderes da República. O acerto dentro do Senado para início da CPI do Covide-19, sobrando incertezas para todos os lados do Executivo, apontando para cabeças douradas no primeiro escalão do Bolsonaro, inclusive dele próprio, ressaltando que essa ideia de buscar culpados do avanço da pandemia do Coronavírus, dentro dos Executivos dos Governos Estaduais e Municipais, isso é coisa para russos e americanos verem.
O plenário do STF (Judiciário) definiu a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apenas dois deles, no caso do sítio de Atibaia e o tríplex do Guarujá. Sem entrar no mérito técnico do assunto, focando apenas no plano político e moral, trata-se de mais uma situação vexatória do nosso Judiciário, não sei como esse assunto vai terminar, há em andamento vários processos, certamente os réus e seus advogados vão querer se beneficiar do resultado dessas ações vitoriosas. Como ficarão as prováveis indenizações delas decorrentes?
Como as ações judiciais não fazem parte das ciências exatas, tudo gira no entorno das interpretações, sendo isso muito vago e composto de ingredientes interpretativos, com pitadas de ideologias, principalmente de política, considerando ainda, o STF sendo acusado de ter se aliado ao mundo político, por mil razões, o circo foi apenas armado, muitos espetáculos teremos pela frente, com plateia presencial ou virtual, muita coisa virá pela frente. Quem viver verá!
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