Velhos vícios, trapos remendados 13/08/2024
O congresso retorna, o recesso tem seu final, as expectativas são as maiores possíveis, o segundo semestre é muito curto em ano eleitoral, a maioria dos congressistas tem suas atividades voltadas para suas bases pela vontade de apoiar seus correligionários para os Executivos e os Legislativos municipais, um binômio que representa a sobrevivência do político em toda sua carreira.
Para que todo tempo seja aproveitado e produtivo, não deixando rasto de incompetência nem negligência se faz necessário o uso de toda capacidade criativa e a participação destemida seja empregada de forma tão convincente que sua ausência por um período até de quatro meses não seja percebida exageradamente, portanto um trabalho para um super político de propósitos alvissareiros.
Eis que de repente surgem as figuras dos presidentes das duas Casas, Senado e Câmara Federal, Rodrigo Pacheco e Arthur Lyra, respectivamente, de forma até açodada, cada qual querendo colocar em pauta sus interesses prioritários e que correspondam a necessidade da maioria dos senadores e deputados, de tal forma que os trabalhos transcorram lépidos e livres, sem entranhas nem ranços.
Que bom seria se não surgissem conjecturas, idiossincrasias, quando o assunto é coletivo há sempre o contraditório, principalmente quando se trata de dinheiro. A emenda PIX, rebatida pelo ministro do STF, Flávio Dino, monocraticamente, sugere um pouco mais de respeito a inteligência dos depauperados eleitores, sempre relevado a condição de marginais da sociedade.
Para piorar o quadro de desatenção com a Constituição, no senado, seu presidente fará tudo que for possível para emplacar a negociação com as dívidas dos Estados, dando ênfase às quatro dívidas maiores, SP, RS, MG e RJ, para alarde dos bons pagadores, ou seja, a maioria dos Estados que procuram honrar seus compromissos, vendo seus esforços serem preteridos pelos maus pagadores.
Genival Dantas
Poeta, escritor e jornalista
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