Na guerra todos perdem e o sofrimento maior é para os mais fracos(12/01/2020)
Em texto anterior tratei da preocupação dos aliados dos EUA e seus adversários políticos com a situação de impasse criado, com os dois fatos relevantes ocorridos no território do Iraque envolvendo o Irã e os EUA, o assassinato do General terrorista Qassim Suleimani e a queda do avião comercial, Boeing 737-800, da Ukraine International Airlines (UIA), ucraniano com 176 passageiros a bordo, derrubado próximo ao aeroporto de Teerã, logo em seguida à sua decolagem.
Com o surgimento das primeiras notícias do desastre aéreo foi suscitado à possibilidade de novo ataque Iraniano contra empresa ocidental e com ligações diretas com o governo americano, numa nova revanche empreendida pelo governo iraniano.
O Irã desde o início vinha se defendendo e negando qualquer participação naquela tragédia, muito embora as evidências apontassem para responsabilidade direta daquele país. Depois de muita pressão da comunidade internacional, adversários e aliados, O governo do Irã representado pelo seu líder supremo Ali Khamenei admite a derrubada do avião em referência, por um erro humano da sua Guarda Revolucionária, sem qualquer intenção e projeto de retaliação do seu governo contra os EUA.
Imediatamente a própria comunidade iraniana, em Teerã, invade as ruas e pede a renúncia do seu líder, principalmente pela morte de muitos estudantes que estavam a bordo do avião acidentado, em companhia de outros passageiros de sete nacionalidades diferentes.
Aquilo que parecia algo resolvido, mesmo que parcialmente, voltou a ser uma bomba em mãos de terroristas, sabe-se da existência, entretanto não se sabe quando e onde ela poderá ser ativada cuja explosão é uma incógnita, seu estrago de tão danoso poderá vir a acionar um novo conflito cujos prejuízos são incalculáveis.
O que é mais triste é que falar de um ato falho de um soldado seu não exime o Irã de suas responsabilidades no caso, mais feio é que seus governantes tentaram enganar a comunidade internacional, alegando inocência, numa época que as plataformas digitais estão espalhadas pelas ruas e becos detectando todo e qualquer crime que se pense em cometer sem qualquer resquício de registros, santa inocência!
O grave disso tudo é que o Irã via governo, caiu no descrédito internacional, à palavra dos seus governantes passou a não ter valor algum depois dessa celeuma, não há como confiar em qualquer acordo firmado pelo atual governo, seria necessário que de fato o atual governo renunciasse para que novas pessoas de credibilidade junto ao seu povo e de apreço ao mundo internacional, de tal forma que tivéssemos verdadeiro ajuste de interesses e responsabilidades tentando evitar qualquer tipo de estremecimento político naquela região.
Essa situação só capitaliza Donald Trump para as próximas eleições, ainda esse ano, e que concorre ao seu segundo mandato, um caso regional que pode se transformar em assunto de expressão internacional para o governo Trump. Diante dessa expectativa não acredito que Donald Trump venha a querer colocar mais lenha na fogueira, ele vai sim, tirar proveito da situação escanteando seu adversário maior no Oriente Médio e insistir em não sair do Iraque, principalmente agora que os americanos em saindo do seu espaço dentro do terreno do Iraque poderão perder sua fatia comercial e ser substituído pelos russos e chineses que esperam apenas o desenrolar dos fatos para se aproveitarem da situação.
Mesmo com essa revelação do Irã, assumindo sua responsabilidade direta no acidente, apesar das razões apresentadas e pelas quais a tragédia aconteceu continuo acreditando em desfecho positivo para que a paz volte a prosperar no Irã, nada adiantará trocar a folhinha no calendário, com inicio de novo ano se a mentalidade continua arcaica e fechada para os novos objetivos de vida e desenvolvimento para todos os irmãos em Cristo.
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