Quando as crises setoriais se bifurcam em uma mesma direção começa a correria em busca do salve-se quem puder, na comida pouca minha refeição primeiro, assim é o ritmo da vida em tempos de pandemia na saúde pública sequenciada pela disritmia política, o que ocorre no Brasil. É insofismável que a crise política atual é gerada por comportamento abominável do Presidente da República, não sei se, especificamente, por rações de saúde, ou apenas por absoluta falta de adaptação e postura no cargo depois de 16 meses de cansaço ou fadiga.
O coronavírus continua sendo tratado com o devido respeito que temos aos inimigos, principalmente aos ocultos, normalmente transvestidos de algo nem tão maléfico e vital quanto se apregoa a ele, mas tão assassino quão letal o é. O difícil nesse momento é esperar o amanhecer de um novo dia na sequencia de uma exposição do Presidente Bolsonaro discursando sobre uma camionete em frente a um quartel do exercito, dia deles, cuja manifestação era sobre o fora o Presidente da Câmara dos Deputas Federais, e fora o STF (Supremo Tribunal Federal), e o Bolsonaro empolgado inflamando a plateia eufórica, o pior, Presidente e manifestantes, sem equipamentos de segurança para o momento, luvas e ou máscaras, uma verdadeira insanidade humana.
O mais triste, depois de poucas horas, logo no dia seguinte, como se fossemos verdadeiros abestados, assim o Presidente deve nos julgar, se comporta como se não tivesse cometido nenhum absurdo, quando o mundo politico brasileiro, seus assessores, civis e militares, demais poderes da República, vestidos em saia justa, tentam entender o que efetivamente estava acontecendo com nossa autoridade maior, ele simplesmente achava que estava havendo um equívoco.
Em outros momentos, desde o começo do seu governo, Bolsonaro sempre teve essa atitude, joga no ar uma situação criada no momento da emoção e quando questionado, se houve uma maioria contrária, ele simplesmente recua e fala que não foi bem isso o que ele disse. Uma incongruência desanimadora para alguém que atingiu o mais alto cargo na República, difícil é imaginar a dificuldade dos seus aliados e assessores para entender a ressaca no dia seguinte do seu superior.
Não era bem isso que eu queria escrever nesse texto, até me demorei, aguardei a entrevista do novo Ministro da Saúde na TV Brasil para me certificar que havia alguma notícia boa nesse final de tarde, valeu pela espera. O Ministro-Chefe da Casa Civil, Braga neto, apresentou o novo plano socioeconômico, denominado de Pró Brasil, ainda em desenvolvimento do projeto, mas com alcance até 2030, cujos detalhes virão a posterior, dia 24 próximo.
Na sequência e depois de outros Ministros apresentarem suas agendas produtivas, assim como o Governador do DF, Ibaneis Rocha Junior, o Ministro da Saúde, Nelson Teich, fez exposição de sua proposta no comando do Ministério, sem nenhuma apresentação de novidades, foi uma repetição do que já vinha sendo feito na administração anterior, do Luiz Mandetta, tendo como novidade apenas o nome do novo membro da sua equipe, Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, General Eduardo Pazuello.
Almejamos que o Secretário Pazuello apresente um trabalho que justifique a troca do seu antecessor que vinha atuando de forma brilhante e coesa. Entendo que é muito cedo para fazermos alguma avaliação do Ministério da Saúde, depois da posse do novo Ministro e com as consequências do crescimento do Coronavírus em alguns Estados, mormente no Estado do Amazonas que tem levado o atual Prefeito, Arthur Virgílio Neto, da Capital, a pedir socorro ao G-7, com endosso do próprio Governador do Estado, Wilson Lima.
Só esperamos que essa atitude radical, porém providencial, não seja por ineficiência do Governo Federal, nesse momento de grave crise naquele Estado. Todo e qualquer membro da Federação merece atenção especial, não se admite descuidos por parte do Governo Central nessa hora de lágrimas e sofrimentos por parte dos doentes e dos familiares dos mortos.
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