No fechamento do mês de fevereiro, curto, nem tão ameno, para soluções de problemas afetos ao Governo Central. Começamos a raciocinar sobre esse período de dois meses do governo Bolsonaro, as respostas que vieram em forma de memórias foram de absoluta inquietação. Não sabemos se, efetivamente, estamos sob o regime de um homem crente e pregador do justo e correto, ou se somos massa de manobra, guiados por um ser estereotipado e jactancioso, para deleite das suas bravatas.
Sendo a dúvida a pior das incertezas, por isso, quem a possui tem o benefício dela, estamos numa atmosfera de incredulidades, tudo ia se portando, de certa forma, bem, até começar os ventos da incompetência e insegurança.
Surge com toda sua extemporaneidade, com ar de Ministro mor ”de um país com quase 210 milhões de pessoas, sem nenhuma delas capacitadas para administrar nossa educação, portanto, e para isso, tivemos que nos socorrer aos vizinhos como a mendigar um pouco de sal ou açúcar face as nossas necessidades prementes, objetivas, subjetivas e concisas”, que enviara as secretarias de Estados e afins, carta solicitando que filmassem, nas respectivas escolas, os alunos perfilados, cantando o Hino Nacional e, em coro, citando slogan de campanha do Presidente Bolsonaro.
Nem mesmo em quermesse de ponta de vila, nas pequenas capelas das menores cidades do século XVl alguém ouviu falar ou narrativa de algum gritador de bingo com tamanho disparate. Somos um povo do século XXl, com nossos defeitos e qualidades, talvez mais defeitos que qualidades, entretanto, que se tenha respeito pelos nossos filhos e netos, mesmo porque, pelos adultos já não há respeito faz muito tempo. Amor à pátria e desejo as honras se ganha com trabalho e honestidade, nada de imposição. Estamos tentando sair de um regime pseudo democrático, de mau agouro, portanto, não merecemos tamanho desatino.
Como nesse governo nada se cria tudo se copia, vieram os pedidos de desculpas, depois do espanto e incredulidade da população, a lona foi reparada e, novo espetáculo anunciado para a próxima parada.
Como o ambiente estava calmo quase apaziguado, nosso presidente precisava pôr fogo à panela de pressão, nesse caso nada melhor que desautorizar o Ministro da Justiça na contratação da cientista política Ilona Szabó para suplência do conselho de Políticas Criminais e Penitenciárias, a funcionária de 24 horas apenas foi afastada e o Ministro Sérgio Moro teve que engolir o sapo de forma calada, para desespero dos que ainda acredita no atual Governo.
Seguindo o dito popular, tudo que é ruim pode ainda ser piorado, não satisfeito com o resultado negativo da ação anterior, o Presidente foi aos jornalistas e falou das possibilidades de recuar e trazer para 60 anos a idade limite para aposentadoria das mulheres, isso se referindo ao Projeto da Previdência Social, Projeto esse lotado na Câmara, esperando uma série de definições para começar a ser colocado em andamento e votação, com forte resistência de muitos setores e bancadas, inclusive do próprio partido do Presidente (PSL).
A colocação do Bolsonaro pai, foi de um verdadeiro pandemônio para o Ministro da Economia, Paulo Guedes, que vem tratando esse caso com muito tato, pois, se começar a ceder agora, não vai ter como negociar com os Deputados, correndo, dessa forma, sério risco de desmontar toda sua estrutura de concessões.
Toda essa balburdia só torna a gestão do Presidente Bolsonaro mais escancarada aos incautos detratores, coiotes beligerantes numa tentativa vil de tornar o País incontrolável e inviável. Chegou o momento de o Presidente sair do palanque e começar um trabalho mais pontual, saindo da pluralidade reticenciosa.
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