Nesse momento de desditoso e espectro para o manto sagrado tal e qual um tapete verde, incomparável bandeira brasileira, eis que surge uma nuvem negra sob o céu carrancudo e encobre de luto o nosso vasto país, como a nos mostrar que tão cruel como dilacerante é a pandemia política que sufoca a nação que tanto amamos, somos agredidos por aqueles eleitos ou indicados, esses deveriam cuidar da nossa sobrevivência sem as sequelas da presença do Coronavírus. A tríade formada pelo Executivo, Legislativo e Judiciário formam hoje o que há de mais subjetivo e incongruente para a Democracia mundial.
Nas últimas 48 horas foram sacudidas por uma atmosfera letal para quem precisa de paz e harmonia para suportar as intempéries e adversidades resultantes de ações e operações montadas pelas Justiças e Policias tanto Federal quanto Estaduais, com objetivo de específico de coibir atos que pudessem ferir os princípios Democráticos e de Direito, alegações feitas pelos operadores em trânsito. Nessa devassa muitas foram as buscas e apreensões com prisões decretadas e estabelecidas previamente.
Não vou entrar no mérito da legalidade dos fatos, apenas não podemos nos esquecer da imparcialidade que devia existir, o que efetivamente não está ocorrendo, há uma verdadeira caça às bruxas começando pelo inquérito das fake news, respaldado pelo plenário do STF, com prisões de empresários, políticos, até mesmo Deputados e um Senador, com mandatos em andamento, foram vítimas de buscas e apreensões, todos da corrente política do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro. Processo que vem já há algum tempo e somente agora em concomitância com a prisão do Fabrício Queiroz.
Esse Senhor Que foi preso em São Paulo e transferido para o Rio de Janeiro, cidade de origem do mandado de prisão, vem sendo monitorado pela polícia e justiça com base em processo conhecido de rachadinha, suposto crime praticado no gabinete do ex-deputado estadual e hoje Senador Flávio Bolsonaro, tem todos os ingredientes de uma prática pouco republicana, com contratação de funcionários e a suposta divisão de valores entre o empregado e o empregador. Fabrício Queiroz antigo amigo dos Bolsonaro, e ex-policial, fazia parte do quadro de assessores do Flavio Bolsonaro e locado no Rio de Janeiro.
Os fatos associados levam aos Bolsonaros bastante desconforto, considerando que existem precedentes de uma administração inoperante, por parte do Jair Bolsonaro, com consequências desastrosas, por gestos e ações que não se coadunam com o exercício do cargo de Presidente da República, em exercício por Jair Bolsonaro. O que precisa ser esclarecido é essa atitude proativa por parte da Justiça e da Polícia contra os apoiadores dos Bolsonaros e não verificamos nenhuma ação correlata quando se trata em providências cabíveis quando se trata dos opositores do próprio Presidente Bolsonaro.
Dentre muitos assuntos que ficam fora de busca de soluções sabemos da negligência que há nos esclarecimentos e investigações do atentado sofrido pelo Jair Bolsonaro, quando esse Senhor ainda era candidato ao cargo de Presidente da República, caso ocorrido em 06/09/2018 e concluído em 28 do mesmo mês e ano pela Polícia Federal, constatando que o agressor Adélio Bispo tinha agido sozinho e era e é mentalmente incapaz.
Além disso, há ataques por parte do público contrários ao Governo Bolsonarista de todas as formas e práticas, com distúrbio da ordem pública, prejuízos ao patrimônio público e privado, até mesmo agressões morais desses agitadores contra os Presidentes da Câmara e do Senado, sem nenhuma reprimenda por parte do STF.
Para que se tenha um pouco de coerência jurídica é preciso que o Judiciário atue realmente de forma imparcial, sem levar em conta qualquer ideologia política, partido, credo ou classe social. Faz-se necessário que nossos Poderes sejam passados a limpo, de forma que não ocorra intromissão de um partido contra outro, sem interveniência e que todos possam trabalhar dentro da pertinência de cada um.
Caso esse comportamento desembestado por parte de alguns membros e de todos os partidos e Poderes se voltem para dentro dos seus quadrados em nome da própria governabilidade e a saúde da Democracia e da República. Afinal, golpe é uma palavra que não cabe mais dentro da nossa cultura e nem dentro das nossas necessidades desenvolvimentistas e sobrevivência nesse mundo selvagem que voltou a oferecer mais riscos à própria humanidade, tão infeliz no trato com seus pares.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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