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Não adianta chorar pelo tempo perdido muito menos pelo negócio mal feito (19/10/2020)

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas


O Fato Sem Politicagem 19/10/2020

Final dos anos 1950, quando eu era criança, no interior da Paraíba sempre escutava a conversa dos adultos, quando já mais crescido e avançado, física e na idade, respectivamente, anos 1960, havia um conceito muito forte entre, com aspectos sérios e preocupantes de possível crescimento económico da raça amarela no contexto mundial. Naqueles tempos falava-se muito no desempenho do Japão, a China não era citada.


Decorridos mais de 60 anos, aquela preocupação inicial ficou séria, a raça amarela como era conhecida os orientais, de forma até pejorativa. Diziam-se comedores de arroz, pela tonalidade da pele, se apresentam hoje como povo forte e desenvolvido na economia mundial, com grande crescimento na tecnologia de ponta, ostentando o 1° (China) 3° (Japão) lugares, derrubando os EUA da ponta, ou liderança econômica, desde muito tempo.


Essa consolidação foi constatada pela The National Interest, dos EUA, lamentando esse avanço dos chineses principalmente e a estabilidade medíocre dos americanos, cujas consequências dessa nova liderança vamos sentir nos próximos meses pela luta contundente que esse país agora líder mundial vai empreender em busca da sua solidificação nessa posição.


Era esperada essa reviravolta na corrida das economias trilionárias em busca da liderança, a pandemia de alcance mundial foi simplesmente representativa nessa inversão na tabela dos mais ricos. Enquanto o FMI considera o PPC (Paridade do Poder de Compra) dos Chineses em U$ 24,7 trilhões para este ano, os EUA está previsionado em U$ 20,8 trilhões. Ainda, nessa economia das incertezas de 2020 a única economia grande que registrará crescimento positivo será a China, aproximadamente 1,9%, conforme dados do próprio FMI.


Convém ressaltar, o Japão ficará com a 3ª posição (U$4,93 Trilhões); Alemanha 4º (U$ 4,10 trilhões); Reino Unido 5º (U$3,73 trilhões); Índia 6° (U$ 3,64 trilhões); França 7º (U$ 3,01 trilhões) e o Brasil 8º (U$ 2,35 trilhões). Esses números são fundamentados em previsões e do crescimento do PIB individual, para este ano de 2020.


A perda da soberania econômica apresentada pelos EUA pode se afirmar que foi erro da própria classe empresarial americana, décadas passadas à própria indústria americana se aventurou, por conta de mão de obra barata, no país chinês, foi levando suas indústrias para aquele mercado, beneficiando a mão de obra chinesa em detrimento da sua própria mão de obra dos EUA.


Aos poucos os produtos chineses foram se firmando no mercado internacional, a facilidade de copiar os produtos ficou fácil e os próprios chineses não tiveram que reinventar a roda. Sabemos que os produtos de origem chinesa são de vida curta, eles são fabricados com essa intenção, o objetivo é que a rotatividade seja alta, dessa forma as vendas são ininterruptas, é uma das qualidades da sabedoria chinesa na área comercial.


Voltando ao final dos anos 1950 e começo dos anos 1960 fica esclarecida a questão do receio que os mais velhos tinham dos orientais, eles são quietos, trabalhadores e espertos, ao contrário dos americanos que são trabalhadores, metidos a espertos e fanfarrões, essa diferença justifica o adágio: o segredo é a alma do negócio; de alma eu não sei se os chineses entendem, entretanto de negócios eles já deram provas que são mestres na malícia comercial.

Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista



 
 
 

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