Temos convivido com uma situação de verdadeiros devaneios quando vivemos uma realidade de rítimo acelerado, em que as pessoas têm pressa para chegar a algum lugar, mesmo que a maioria delas não sabe para aonde vão, que caminho seguir no entroncamento colocado em nossa frente, e por analogia, concluímos que qualquer das setas indicadas nos serve.
A historicidade nos reserva o direito de supor que a quadratura de várias situações é realmente de difícil solução. Há livros que a sua hermenêutica nos impõe diversas soluções, muitas vezes com várias opções e todas próximas ao nosso raciocínio ou ideias. Sou leitor de livros que me possibilitem uma aproximação maior com os valores que venho cultivando no percurso da minha caminhada.
Na proporção que ia entrando mais miudamente na história, arqueologia, religião e política tive a sensação quão rasa era a nossa teoria relacionada a diversas matérias relacionadas ao nosso posicionamento dentro da sociedade que vivemos nossa participação e até mesmo nosso comportamento no sentido de ajudar a tantos outros que como eu sente dificuldade de sair do ceticismo, pois, sempre andamos por caminhos de emaranhados assuntos e sempre convergem para a dúvida.
Na tentativa de encontrar obviedades que possibilitassem esclarecimentos mais coerentes, passei não a ler, mas, estudar alguns livros da própria Bíblia, levando em consideração minha origem de estudante em colégio diocesano, mesmo na universidade, vinculada a UF, porém administrada por uma ordem religiosa.
Constatei que não ia ser fácil encontrar soluções desejadas, o próprio Jesus Cristo era colocado, em determinado momento, como lenda, em outro, mito, e até mesmo como santo, que não deixa de ser mito. Em paralelo fiz em outras leituras, e no mundo profano, a situação piorava, a figura do Jesus Cristo quando a sua existência era admitida, surgia à questão se ele era filógino ou misógino, coisa que nunca me propus a discutir, eu tinha outros valores a serem questionados.
Passei a levantar temas discutidos, discutíveis e difusos. Qual a verdade sobre Sodoma e Gomorra, e de onde vieram as chamas e o enxofre que arrasaram as cidades de uma gente pecadora e as razões pelas quais elas tinham desaparecidas, hoje, sendo indicadas, por alguns historiadores, encontram-se sob o mar morto, há indícios que justifique essa afirmativa? Algum sítio arqueológico no entorno com peças de cerâmicas? Alguma pintura em cavernas ou sobre pedras?
Outra fonte de inspiração para a dúvida é a presença da Torre de Babel, Capital da Babilônia, construída, por castigo de Deus, aquela gente queria construir uma ponte na vertical, para possibilitar a visita dos habitantes daquela Capital com as suas divindades. Evidências que não sejam narrativas transformadas em informações contidas em antigos papiros. Algo mais substancial?
Confesso que não me senti contrito, nem mesmo arrefecido, pelo contrário, continuei na busca de alguma luz no fundo do poço, a história, suas afirmações e contradições. Encontrei pelo caminho a história de Moisés, adotado pela filha do faraó, viveu num período compreendido entre 1510 a 1390 a.c, falecendo com 120 anos, nesse intervalo foi um valoroso personagem, sendo responsável pelo Êxodo dos escravos do Egito, abriu espaço por entre as águas do mar vermelho, indo à busca da terra prometida, vagou pelo deserto por 40 anos, recebeu de Deus as pedras com inscrição dos dez mandamentos, que até hoje é o fundamento do cristianismo e sua regência.
Vasculhei a famosa Guerra dos Cem Anos, conflito entre Reino da Inglaterra e do Reino da França, período de 1337 e 1453, portanto, na idade média e registrando cinco dinastias do lado francês. Essa nova investida não resultou em nenhum avanço em termos de solução. Não satisfeito cruzei o caminho das cruzadas, seus sucessos e fracassos, num período compreendido entre o século Xl e Xlll, contabilizei nove Cruzadas distintas, da dos miseráveis a das Crianças. Fui à busca de informações que determinassem a ausência de dúvidas entre mitos e lendas, puro engano.
A história sempre foi narrada e escrita por pessoas com certo teor de tendência, a imparcialidade é muito difícil, dessa forma, continuei com minhas dúvidas, só não posso afirmar se vou continuar ou não com meus estudos em busca de um sentido mais próximo a perfeição, pois, essa nunca será encontrada, está aí entre nós o mundo maçônico para justificar minha afirmativa, entretanto, não podemos parar de estudar, se assim fizermos as nossas probabilidades de sucessos se encerrará, e permanecerão as dúvidas, e o que é a dúvida: a total ausência de luz, a luz nesse caso representada pelo conhecimento.
Tenho dito, quando me perguntam, que a juventude de hoje convive com um volume de informações muito grande e em ritmo de guerra, quando tudo é de caráter urgente e urgentíssimo, não há uma sequencia de informações voltadas ao enriquecimento cultural dos alunos, eles se alimentam das redes sociais e da TV mal intencionada, vendendo apenas as imagens que lhe convém financeiramente, lamento que os jovens não tentem sair desse marasmo que virou nosso ensino e, por conseguinte nossa cultura, tão vasta e mal observada.
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