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Foto do escritorGenival Dantas

Governo Bolsonaro em rota de colisão com a credulidade (19/03/2021)

Atualizado: 20 de mar. de 2021




O Fato Sem Politicagem 19/03/2021


Definitivamente, esta semana não foi profícua nem mesmo positiva para o governo Bolsonaro. O crescente número de infectados e mortos atingidos pelo Coronavírus, o falecimento do Major Sérgio Olímpio Gomes (Senador Olímpio) vitimado pelo Coronavírus; o pedido de Demissão de André Brandão, da presidência do Banco do Brasil; a retomada do aumento da Selic, passando de 2 para 2,75%, apontando para novos aumentos subsequentes e aumentando, em imediato, a nossa em R$ 25 bi, no curto prazo, dificultando ainda a reativação da economia.


Associado aos fatores enumerados acima podemos citar a queda de confiança da população no governo Bolsonaro, fundamentalmente, pela negligência e falta de protagonismo na condução da crise sanitária, sendo superado de longe pelos governadores e prefeitos que tomam conta do cenário de pandemia com ações pontuais e responsáveis, além disso, a troca do ministro da Saúde Eduardo Pazuello pelo médico Marcelo Queiroga, preterindo a médica Ludhmila Hajjar.


O escolhido por Bolsonaro, para o ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, não era, entre outros, o preferido dos seus aliados políticos, especialmente do Central, seu aliado mais forte e de peso perigoso dentro do Congresso Nacional, esse mesmo grupo já se aliou com vários presidentes, sustentando-os e derrubando-os; dessa forma é importante que Bolsonaro fique atento, pois o próprio centrão pode dar o tiro de misericórdia no presidente, Bolsonaro fá foi avisado que essa é a última troca de ministro da Saúde tolerado pelo grupo.


Culminando com uma tragédia anunciada, Bolsonaro dentro da sua empáfia classifica governadores e prefeitos que decretaram medidas restritivas como ditadores, pelos atos teriam poder de usurpar a Constituição. Estão inclusos os governadores da Bahia, do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal. Bolsonaro entrou no STF com ação para derrubar os decretos estaduais dos três Estados mencionados. Além de ser uma ação em momento errado e contra aqueles que deveriam ser seus aliados na pandemia, joga fora a oportunidade de fazer um pacto entre poderes no combate à pandemia.


Para piorar os estragos feitos, Bolsonaro tenta junto ao Congresso transformar toda atividade comercial em prioritária, numa clara intenção de apoiar a abertura geral de toda atividade econômica. Essa atitude não melhora nada a posição do Bolsonaro na condução do combate à pandemia, todos nós sabemos e o mundo concorda que o isolamento é fundamental, nesse momento mais grave e perigoso, que deve ser atendido fatores regionais e específicos.


Juntando tudo isso e ligando as pontas observa-se mais tensão entre os Poderes e o afastamento do Bolsonaro do comando da crise, vai chegar o momento que não haverá aliados para sustentação das colunas que seguram o governo Bolsonaro, acredito que o Centrão seja o último reduto em que o presidente venha se segurando para não cair de imediato, caso esse laço seja rompido será fatal para Bolsonaro, nem ele mesmo acredita numa hipótese diferente, essa é a realidade, nua e crua.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista








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