FHC desconjurou os brasileiros ao empenhar voto em Lula (24/05/2021)
O Fato Sem Politicagem 25/05/2021
Desde o começo da implantação da nova Carta Constitucional a amizade política do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nunca foi tão enrustido como muita gente imaginava, eles sempre se apoiaram até o desaparecimento do bipartidarismo e o aparecimento do pluripartidarismo entrar em evidência, com toda força do bem e do mal dependendo da ótica de cada um.
O FHC foi o primeiro presidente a mostrar sua capacidade de articulação quando a sua reeleição foi palco de bastidores e de insinuações, até hoje não desmentida, da compra de votos no Legislativo. Ele que foi Ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco (1992/1995) quando foi implantado o Plano Real, com erradicação da inflação brasileira e estabilidade do preço da moeda brasileiro, acabando com o sufoco que havia na área econômica nacional.
A formulação do Plano Real foi fruto do trabalho de uma jovem equipe de economistas com destaque como Gustavo Franco, Edmar Bacha, além de Pérsio Arida e André Lara Resende, esses dois últimos já com a experiência do famigerado Plano Cruzado (aproveitaram os erros do passado para consolidar o novo plano). Dessa forma, o Plano Real teve o mérito do ex-presidente Itamar e a capacidade do FHC, Ministro, de articular o projeto no entorno dos jovens iluminados.
Depois de toda história que vivemos e até de certa forma ajudamos a fazê-la, com dois mandatos presidenciais do FHC, do Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, abortado pelo impeachment, que ela merecidamente teve, surge no cenário nacional o nome do Luiz Inácio da Silva, como postulante ao cargo de presidente da República para 2022, esse senhor que já foi condenado, preso e solto, por conta das famosas interpretações da lei, depois de levar o país à bancarrota.
O Lulopetismo como ficou conhecido a sua gestão teve participação direta dos seus aliados na administração, transformando o Brasil na República das bananeiras, de tão perdulária que foi sua administração. Além de desvios de dinheiro das empesas estatais, mormente a Petrobrás, tivemos inúmeras situações de desprezo pelo erário público, vilipendiando o patrimônio público e empréstimos através do BNDES, a Nações, sem as devidas garantias, com prejuízo fatal.
Não foi surpresa verificar na imprensa escrita e midiática a posição do FHC hipotecando seu voto e solidariedade ao Lula, caso seu partido político (PSDB) não coloque alguém no segundo turno, em 2022, e Lula seja a segunda opção. Com essa colocação que o que interessa é juntar as forças da esquerda contra o Bolsonarismo, a outra força que se apresenta para aquelas eleições. Dessa forma fica evidenciada a hipótese de todos contra ELE, como se pregava em 2018.
O que mais me assusta, no meio dessa barafunda, antecipação da disputa de uma eleição para um ano de pandemia e de crise política, administrativa dos governos e seus respectivos Executivos, primordialmente o Executivo Federal, com a economia em frangalhos, o emprego abaixo da crítica e a área médica, ainda, em total desgoverno. Piorando o que já é ruim, o Legislativo, Senado Federal empunha uma bandeira da CPI, uma verdadeira caça as bruxas, uma verdadeira inoperância.
Pelo andar da carruagem não há nenhuma vontade política de resolvermos a crise sanitária, que chegam à beira das 500 mil mortes e ultrapassando a barreira dos 16 milhões de infectados, uma verdadeira cena teatral, cada grupo de políticos com seus palcos armados e apontando falhas sem a mínima intenção de alocar recursos para viabilizarmos um plano objetivando minimizar a trágica situação que nos assola. É profundamente lamentável que chegamos a esse ponto vergonhoso.
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