
O Fato Sem Politicagem 18/11/2020
Estamos atravessando uma fase com uma sensação de cataclisma infinita, quando as perspectivas são as piores possíveis e os fatos mais recentes nos leva para um mar de incertezas e instabilidades diuturnas.
São tantos os motivos para pensarmos dessa forma, tem momentos até de confundirmos a realidade com a assombrosa quantidade de perspectivas negativas, quanto mais nos mexemos mais afundamos como se caminhássemos sobre banco de areia movediça, apressadamente, na tentativa de fugirmos daquela situação de insegurança quando nos deparamos com um pântano seco e deserto, alimentado pelas chamas do fogo sobre a mata incendiada.
No plano internacional há uma confusão generalizada, os países da Europa, fundamentalmente os mais expressivos, economicamente, se fecham suas portas para a sociedade cansada e atordoada, ainda, pela primeira onda da pandemia do Coronavírus, para decepção geral, a segunda onda da crise sanitária invade novamente o velho Continente para desespero de todos.
Não adianta ficarmos citando países específicos, a nova onda é perversa, mais resiliente que a primeira, parece até que o vírus perdeu o medo dos humanos e suas estratégias de combate ao inimigo invisível, resistente aos nossos profiláticos.
Para piorar a estabilidade dos debilitados humanos, o vírus fatalista se lança no Continente americano, com mais vigor e audácia, como se fora uma fera ferida, querendo réplica e tréplica. Como da vez anterior, o atual presidente daquele país ignorando a própria sorte do seu povo, depois de ter sido derrotado nas urnas, não pelo opositor que se mostrou decente e cavalheiro, porém pela sua própria fragilidade, prepotência e negativismo assoberbado. Consciente da sua derrocada política, teimosamente, insiste em não reconhecer a realidade dos fatos e joga a Democracia americana numa vala comum da decadência humana.
Chegando ao nosso sofrido Brasil, de tão vasto parece um Continente, de tão dilacerado econômica e politicamente, fica com aparência de covil aos olhos do mundo da nossa própria sociedade sôfrega. Tivemos o azar de passar por uma nova pandemia sanitária, depois de um século, administrado pelas mãos insensatas de um presidente tosco, sem nenhuma experiência executiva, de péssimo aprendizado e alto teor de desequilíbrio administrativo.
Se estivéssemos na metade do século XX, no sertão paraibano e nordestino, por acaso alguém me perguntasse de onde veio o nosso atual presidente, eu diria sem tartamudear: “deve ter vindo da baixa da égua; insistia o meu interlocutor, fica onde; novamente eu diria, onde Judas perdeu as botas, pertinho da caixa prego”.
Essas expressões são regionais, mas bem coloquiais para o momento atual quando a indignação chega a ser tão grande quando a sensação da dor que iremos passar com as perdas dos nossos parentes e amigos, decorrentes da nova onda do Coronavírus que se apresenta em muitas Capitais e ausência de cuidados e precauções, nos preocupa enormemente, se não ocorrer um milagre e esse não existe, até então, estamos fadados a sermos superados negativamente, nessa nova fase, assim se expressam algumas autoridades do ramo.
Não vamos esperar que as autoridades sanitárias tomem suas respectivas providências, como cidadão e ser humano, tido como inteligentes, temos que fazer nossa parte. Sigamos os preceitos e conceitos fundamentados na experiência anterior e nos mantemos atentos, isolados quando possíveis e assépticos quando necessário for, não se esquecendo das indumentárias que passaram a fazer parte das nossas vestimentas, ressaltando as máscaras que tão bem evitaram índices de contaminação maiores que tivemos.
Para termos um final de ano mais tranquilo se faz necessário que nos preparemos, desde já, não adianta nos precipitarmos e largarmos as precauções que temos se o inimigo que nos afeta continua na sua toca a nos espreitar como uma cobra esperando dar o bote no momento certo, seja, pois, mais esperto, sem vacilar e ou ficar desatento para o perigo que ainda nos cerca, disse temos certeza da sua existência em nossa volta, portanto sejamos precavidos e proficientes.
Vamos partir do pressuposto que, efetivamente, não há ídolos nem salvadores da pátria, há, sim, pessoas ou coisas que passamos a idolatrar depois de uma situação que julgamos impossível de ultrapassar e algum ou algo aparece e nos proporciona um desfecho favorável, tudo isso faz parte da luta e do esforço coletivo e até pessoal.
Não vamos correr o risco de achar que alguém possa nos tirar de uma situação de epidemia sem o necessário respaldo dos meios científicos e médicos, fora disso é falácia, siga as instruções médicas, seja consciente e responsável pela sua vida e dos seus que somos todos nós.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista

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