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  • Foto do escritorGenival Dantas

Fantasmas desvendados, sonhos desfeitos, e o país pasmo!


Nunca fui nem mesmo candidato a futurista, mas a experiência de vida, aliada ao campo profissional, fiz da leitura em consonância da reflexão dos fatos uma régua de medir resultados, busquei ser o mais justo possível e nesse diapasão fui concluindo das possibilidades que pudessem vir no futuro. O barulho era grande, como na política ganha mais quem grita mais, os esquerdistas alocados no PT (Partido dos Trabalhadores), sendo situacionistas, passaram a responder, juntamente com seus aliados políticos, pelos crimes de malversação do Governo Federal.


Escrevi, em 21/11/2014, um texto referente a esse assunto, que dominava toda mídia brasileira. Hoje, depois de quatro anos, com o afastamento da Presidente Dilma (PT), e a Posse do seu Vice-Presidente Michel Temer (MDB), nada tivemos de avanço, entretanto, o quadro político e econômico só pioraram. Fiz questão de reeditar o que tinha escrito o que repasso ao caro leitor como segue abaixo:


Se eu lesse em algum livro de história ou mesmo buscando dados em algum jornal arquivado, em alguma biblioteca pública, confesso, não ia acreditar no que está ocorrendo em nosso país nesse momento. Inacreditável é pouco, teria que vasculhar dados e veracidades para poder dar credibilidade aos fatos historiados e documentos comprobatórios.

É muito difícil imaginarmos tamanha coragem de um grupo que se dispões a saquear uma empresa da dimensão mundial da Petrobras, sem achar que um dia qualquer, não fosse constatado os fatos, não só pela sua complexidade e segurança, principalmente pelos controles eletrônicos que existem hoje, sua contabilidade exposta ao público por força das Sociedades Anônimas, e pela soma gigantesca dos valores operados, por mais engenhoso que fosse o esquema montado para as operações empreendidas.


Quando a operação Lava Jato começou a denunciar o esquema de propina, tendo como operadores, Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras entre 2004/2012, e o doleiro Alberto Yussef, citados como os principais mentores do plano diabólico, nunca visto em nosso país, me proponho até a dizer que se trata de uma situação posta em prática, com tamanha desenvoltura, frieza e crueldade para com uma nação democrática, que verdadeiramente nos causa espanto!

Afinal, brasileiros pagos, bem pagos, para cuidar da coisa pública, de capital misto, mas sem nenhum escrúpulo ou senso de responsabilidade para com o alheio, montam quadrilhas, associados a grandes empresários, com distúrbios de malversação, e políticos mafiosos despudorados, com tendência à marginalidade, vivendo costumeiramente da dilapidação do erário público.


A quantidade de empresas citadas pela Justiça e Policia Federal, é de causar perplexidade, não só pela quantidade, mas, pela qualidade delas, fazendo parte do grupo das maiores empresas da construção do nosso país, dando empregos a dezenas de milhares de brasileiros, com capital social que somados causa inveja ao PIB de muitos países, estão na relação de contratadas pelo governo federal há muito tempo.


Apenas para elucidar o pensamento, no final dos anos 1960, início dos anos1970, governava a Paraíba o governador, falecido (1914/1988), José Agripino de Vasconcelos Maia Filho (1966/1971).


Em 1973, já residindo em São Paulo, leitor assíduo de Jornais, principalmente O Estado de São Paulo, li uma notícia que me chamou atenção, não me lembro de qual dos jornais da época, o ex-governador paraibano estava reassumindo uma vice-presidência financeira da Camargo Correia, à mesma construtora hoje citada na Operação Lava Jato.


Comecei a lembrar do grande salto que tivemos no Estado paraibano com a administração do governador João Agripino, quando o território paraibano teve suas estradas pavimentadas com asfalto, a concorrência para execução das obras foi ganha pela construtora em questão, repassando a outras empresas menores determinados trechos.


Se esse fato fosse ocorrido hoje, certamente o julgamento seria cruel para aquele que foi um grande administrador do nosso Estado, a ligação que faço do inesquecível político paraibano, um dos mais honrados homens públicos que já tivemos, é apenas para mostrar que o político e as empresas privadas, principalmente as que sempre operaram na construção, não são todos e todas iguais.


Esteve envolvida, pela aproximação que há na necessidade recíproca, Estados e Federação de obras e seus construtores, entretanto, nem sempre a corrupção tinha lugar comum na mesa de negociação, existia muita seriedade entre negócios e negociadores.


Infelizmente a gula financeira, a necessidade de lucros, principalmente lucros exorbitantes, e o desejo de crescer rapidamente, sem a paciência da maturação, do esperar que os resultados venham com o dedicado trabalho do dia a dia, o mal feito faz parte da rotina dos negócios que envolvem o poder público e o privado.


Não restam dúvidas, pelo volume de dinheiro a ser devolvido aos cofres públicos, comprometidos nas delações premiadas, superando a cifra de 500 mi de Reais, o anunciado de desvio na ordem de 23 bi de Reais, apenas na Operação Lava Jato, é de se supor valores estratosféricos considerando-se as obras em andamento no país, não podemos imaginar que apenas a Petrobras foi saqueada.


Se for feito um levantamento primoroso e responsável, certamente, teremos surpresas mais desagradáveis ainda, para tanto, tem que haver interesse político, da situação como da oposição, ai sim, vamos acreditar que não sobrará pedra sobre pedra. Esperamos que a CPMI do Congresso seja efetivamente prorrogada para que os dados sejam levantados e se aplique justiça aos praticantes dos seus respectivos crimes, doa a quem doer. Isso é um fato, lamentável!


Genival Torres Dantas

Escritor e Poeta

genivaldantasrp@gmai.com

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