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Foto do escritorGenival Dantas

Estagflação é uma realidade que se aproxima (17/09/2021)







O Fato Sem Politicagem 17/09/2021



Dando continuidade a tema do artigo de ontem, 16, e entendendo que a situação fica mais periclitante, por uma série de fatores negativos que contaminam os espaços políticos e econômicos, sendo assim, se torna necessário enveredar por essa trilha por mais uma vez com destino a algo mais confortável, se possível for. Não é nada fácil tentar evidenciar situações prováveis de contabilização quando a dispersão é mais fluente.


Quando criamos uma situação de inflação alta com o declínio da economia, denominada de estagnação, temos aí a junção de dois termos se formando uma única palavra doída e perversa: estagflação. Trata-se de uma realidade sofrida para todos os brasileiros, mais ainda para os mais dependentes de ações públicas, os que ganham pouco e sobrevivem com salários próximos ao mínimo, que vem sendo carcomida pela fúria da inflação mensal que volta a nos assustar.


Como é sabido já estamos nos aproximando dos dois dígitos na inflação anual e prevista para este ano, não é nada animador, o que mais nos deprime é que as maiores altas estão por conta do básico que o pobre usa para sobreviver, os itens que mais contribuem para essa tragédia são: combustíveis, feijão, arroz, legumes, verduras, energia elétrica, não se esquecendo da carne que se tornou proibitiva no decorres deste ano, pelo elevado custo que se tornou na mesa do brasileiro.


Para minorar o aspecto fiscal o presidente Bolsonaro eleva a taxa do IOF, alterando em 2,04% ao ano para pessoa física, e 4,8% para pessoa física, essa iniciativa favorece numa arrecadação adicional para o governo em R$2,14 bi, esses valores contribuem para a ampliação do Bolsa família (auxílio Brasil) até o final do ano. Para viabilizar esse projeto para o próximo ano há uma marcha outro plano com prorrogação das precatórias com vencimentos para o próximo ano.


Atrelado aos problemas remanescentes da administração Bolsonaro, temos outros fatores que estreitam mais ainda as possibilidades de governabilidade. O Data Folha soltou uma pesquisa com informações negativas sobre o governo Bolsonaro, com sua aprovação caindo e a rejeição do seu governo já ultrapassando os 50% dos pesquisados, esses dados vêm a somar com as críticas que andam fazendo no entorno do seu governo, nunca vi tanta coisa negativa em tão pouca espaço.


Para piorar o clima do governo, Bolsonaro inventa de palpitar sobre as vacinas para os adolescentes, seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, manda suspender as vacinações nesse grupo, o que não é atendido pela maioria dos Estados, numa insurgência lamentável, com críticas ao governo federal pela comunidade científica, pois não houve qualquer consulta aos setores referendados para uma ação desse porte e para o estado crítico que vivemos.


O governo federal não tem se ajudado nessa reta final de governo, tornando-o mais susceptível as críticas dos seus adversários e mesmo apoiadores, que estão se cansando dos repetidos erros de avaliações feitas pelo Bolsonaro. O atual presidente tem se transformado em um fardo muito pesado para ser levado até o final de 2022, sinceramente, não sei se esses fiéis escudeiros que fazem parte da sua base vão ter gás e paciência até a data limite!


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista







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