Dia 20 de dezembro de 2002 aproveitei a aproximação da posse dia 01/01/2003, do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito pela primeira vez. Depois de quase 18 anos e vivenciando a tragédia que foi sua passagem pela Presidência da República, com sua tropa de vândalos, lendo um poema que fiz na época, quando ainda esperançoso e acreditando na possibilidade que as promessas de campanhas fossem cumpridas, lamento que o imaginado virasse pesadelo, como veremos abaixo em forma de versos, quanto otimismo jogado fora!
Espero que a água da chuva caída sobre a terra
Penetre entre suas fendas e alimente as raízes,
Faça brotar do solo inóspito a mais bela rosa vermelha,
Legumes e frutas, e nos jardins renasçam lindas flores;
Que os campos de tão verdes se transformem em esperanças,
Nos pastos os rebanhos supram todas suas necessidades,
Os riachos e rios levem aos mares os males das descrenças
E que a sede nunca mais atormente os homens dos sertões;
Espero que nas cidades e metrópoles, encostas e morros,
O vento da paz sopre para longe toda discórdia da humanidade,
A violência contida nos corações e nas mentes dos desajustados,
Trazendo novamente a harmonia, os gestos de amor e a fraternidade;
Que as cadeias sejam demolidas e transformadas em escolas,
A mulher encontre no seu homem o parceiro sonhado,
O homem materialize todos os seus desejos e não viva mais de esmolas,
Tenha mais dignidade e trabalho, contribua na formação do futuro;
Espero que o homem simples chegando com o clarão da estrela de cinco pontas,
Consiga tirar das trevas os anseios de tanta gente faminta,
Divida o pão tão necessário à sobrevivência na labuta de todos os dias,
E suas palavras sejam colocadas em prática no recomeço de uma nova vida;
Que os seus atos tenham efeitos com abrangência social e sejam duradouros,
A ganância e o fascínio do poder, em momento algum, não lhe suba à cabeça,
O gosto pelo simples e modesto seja a marca definitiva dos novos tempos,
Que a nossa fé por dias melhores seja definitivamente recompensada.
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