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Entre tapas e, sem beijos, começa o desespero

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas





O fato sem politicagem 19/08/2022



Qualquer semelhança com o inusitado são as novas fórmulas de se fazer política com a consequente dose cavalar de politicagem. Nem mesmo o horário da televisão foi iniciado, já temos sérios candidatos a protagonistas e em categorias bem específicas com enfoque para antigas mentiras, hoje denominadas de fake news, cuja classificação ficará por conta e risco do TSE e seus puxadinhos estaduais, esses ficando com a seleção inicial para os devidos desfechos.


Antes que comece a correria em busca de sanções, pelos partidos políticos que se sentirem prejudicados e condenações aos provocadores de fake news não podemos avaliar que será o tamanho do castigo aplicado pelo TSE aos condenados cujo prejuízo maior será a prisão com cassação da candidatura, como assim se pronunciou, antes de assumir a presidência do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Certamente, ela não deve abrir mão da sua sentença.


O que não podemos antecipar é como serão tratadas as empresas que trabalham nas pesquisas em busca do posicionamento dos eleitores para o dia 02 de outubro. Quem acompanha a corrida presidencial verifica que há certa tendência por parte de alguns órgãos de imprensa, tanto da Direita quanto da Esquerda, deixando claro suas preferências cujos números não sabemos se são reais ou não, nesses casos como será avaliado o fake news ou não.


O pior é que essas informações, quando mentirosas, podem atrapalhar o andamento das eleições, quando há interferência nas escolhas dos eleitores, dos mais influenciáveis, até mesmo por falta de informações mais objetivas. Nesses primeiros dias tenho percebido que há discrepância de números apresentados como: Lula 47%, Bolsonaro 32; outra empresa: Bolsonaro 44%, Lula 32%. Esse é apenas um exemplo que não informa, pelo contrário distorce, onde fica a verdade?


Não citei as empresas implicadas, apenas apresentei os dois principais candidatos que estão nos dois primeiros lugares, nas pesquisas, entretanto, devo afirmar que guardo as fontes, é de domínio público e são reais. Essas controversas serão motivos de cantilenas e persuadirão o eleitor na medida em que ele será influenciado, definitivamente, pela colocação dos candidatos, nas pesquisas, não buscando outros parâmetros de avaliação para não perder seu voto, na opinião dele.


A luta será ferrenha, além disso, temos alguns ingredientes que induzirão ao ineditismo. Temos uma leva de candidatos que se apresentaram, em 2018, como brancos e por questões de financiamento público se registaram, este ano, como pardo. Nesse caso deve ser avaliado se efetivamente o candidato se coloca como um oportunista, tentando tirar proveito de uma legislação vem vigor, ou se, efetivamente, inicialmente ocorre uma análise de avaliação.



Outra história que vem tomando conta das análises dos entendidos na justiça eleitoral é a ocultação dos partidos nas propagandas dos respectivos candidatos, mormente ao Legislativo. Questiona-se a legitimidade do fato, constitucionalmente o cargo é do partido e não do candidato, tanto é que quando se larga o partido antes da janela de transferência, de fato e de direito, o ocupante do cargo é obrigado a devolvê-lo ao partido de origem. Essa é uma questão que deve ser bem avaliada.


Qual o motivo da avaliação, nesse caso específico, tudo bem que é uma questão Legal, porém fora da legalidade, sem toma-la como referência, nos rincões do nosso Brasil, a maioria do eleitorado não busca identificação com o partido do seu candidato, ele simplesmente vota no seu amigo, vizinho, aquele com quem tem uma dívida de gratidão. Em nenhum momento estou me referindo ao tão conhecido gesto de compra de voto, recorrente em nossa política de compadrio.


Na política, local e regional, é uma situação comum, o eleitor não ir à busca do programa de governo do partido ao qual seu candidato está filiado, esse fato não lhe é peculiar, nesse caso o verdadeiro dono do cargo para o qual o candidato foi eleito é do próprio político, indiferentemente de onde venha o seu financiamento de campanha, por essa e outras questões é que devemos avaliar até que ponto o Legal tem que andar junto com o Moral. Isso é um fato.




Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista













 
 
 

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