O Fato Sem Politicagem 22/01/2021
Nada mais reconfortante é sentir na presença do novo presidente dos EUA, Joe Biden, e suas primeiras ações em busca de recolocar a locomotiva americana novamente nos trilhos da Democracia plena, cancelando determinações do seu antecessor, Donald Trump, em nome da justiça social. Entendo como meritória os primeiros passos do presidente Biden.
Mas o mais importante gesto foi cancelar a saída da Nação americana da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo simples fato dos EUA representar como grande potencia econômica e Democrática os investimentos necessários, juntamente como a China, na produção e distribuição das vacinas que serão enviadas aos mais de 190 países mais pobres e em quantidades suficientes para imunizar grande parte da população mundial.
Não menos importante foi sua assinatura estabelecendo o retorno do País ao acordo de Paris em manifesta participação dos americanos no combate a mudança climática e degradação do planeta terra, em toda sua extensão, mais ainda, revogou a emergência nacional na fronteira dos Estados Unidos com o México, uma sábia ideia de mostrar aos mexicanos que eles continuam irmãos na luta e na vida, interrompendo barreiras de sobrevivência aos que indireta e diretamente contribuiu, pelos séculos, com o gigantismo americano.
Outro fato importante, dentre tantos outros, não podemos esquecer foi a consciência de mostrar a população americana a necessidade de agirem dentro dos protocolos médicos/científicos, com o uso dos protetores nasais, máscaras, distanciamento e assepsia constante, principalmente as mãos, órgão de contato direto com outros humanos e em qualquer atividade. É jogada por terra a ideia do negacionismo brutal e ignorante, apregoado pelo ex-presidente Trump.
São tantas as medidas iniciais, prudentes e necessárias, que não vou me ater em outras questões; preciso ser sucinto para não nos tornarmos prolixos. Uma tese que devemos sempre lembrar é que Baden não virá salvar a Pátria Americana, não podemos acreditar em salvadores de pátrias, porém temos que entender que ele deve fazer as coisas dentro de um contexto lógico e evidente, quando todos se entendem e cooperam em função de todos.
Os primeiros passos foram dados, agora é acreditar, com as iniciativas propostas tanto os americanos como o próprio governo brasileiro volte a trabalhar mais harmoniosamente, como era antes da hecatombe denominada de Trump, apenas os resultados da tragédia do Coronavírus já justifica o meu raciocínio. Espero que a sequência seja de projetos voltados, verdadeiramente, em função do combate ao Coronavírus, investimentos maciços e substanciais para que a economia mundial volte aos patamares anteriores aos de 2020.
Nós aqui no Brasil vamos seguir desfiando nosso rosário de amarguras, tendo de conviver com as mazelas e atitudes cheias de facécias provocadas pelas atitudes do nosso presidente Bolsonaro, ante a tragédia que estamos convivendo ele continua a ignorar o perigo que a população brasileira anda passando, não tendo, nem mesmo o menor respeito com nossos mortos e os cuidados necessários para que os imunizantes cheguem a nosso País dentro de um prazo razoável aliviando as dores e a morte de muitos que ainda vão se infectar.
O que estranhamos é mesmo com todos os problemas que enfrentamos e Bolsonaro se exime de qualquer responsabilidade, debitando sempre a terceiros, com atitudes sempre insultuosas aos seus interlocutores e a quem se proponha a contrariar seu ponto de vista. Hoje saiu pesquisa da Info Money, nos alertando que os dois candidatos ao cargo de presidentes do Senado e da Câmara Federal com efetiva condição de vitoriosos, são Rodrigo Pacheco (DEM/MG) 86% e Artur Lira (PP/AL) 57%, respectivamente.
Com tudo que vem ocorrendo é de se lamentar que os candidatos apoiados pelo Executivo tenham a preferência dos seus pares, isso prova que por mais cruel que seja um governante, para o seu povo, ao custo de não sabemos quantas manobras, ele se mantém sempre em evidência e com o poder do mando. Não sei até quando o Brasil vai suportar tanta incompetência política administrativa de um presidente que não tem nenhum cacoete, conhecimento, ou mesmo habilidade para o exercício do cargo.
A passagem pela presidência, tanto da esquerda como da direita, ambas extremistas, foi de uma infelicidade tamanha que nos deixa atormentados em saber que ainda teremos quase dois anos com a convivência e a mesma sofreguidão dos últimos 33 anos. Espero que, pelos meios legais e democratas, encontremos uma solução jurídica que nos tire as amarras que nos prende aos caprichos dos ignóbeis dos Poderes.
Nesse momento de tríplice tragédia, médica/sanitária, econômica e política, se faz necessária que as forças do bem se unam em função da Nação, nos resgatando dessa tragédia que parece não ter fim. Ainda acredito na força intelectual dos que, efetivamente, têm amor a Pátria, sem populismo e sem interesses próprios, chega de falsos nacionalistas e seus sequazes.
Não devemos esmorecer e nem cair ante os miseráveis que usam os Poderes para ignorar os iguais em termos de raça, os levianos contumazes sustentados pelo ódio que opera em seus corações, abjeto de mesquinha existência, vermes que rastejam em direção a luxúria nem que para isso tenha que se misturar aos porcos e se alimentarem do chorume resultante da escória dos seus antigos pares. Esses devem ser esquecidos, ejetados e defenestrados do nosso meio, deixe que ele termine nos esgotos mais fétidos endereçados aos piores animais travestidos de seres humanos.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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