Dias escuros, noites de insônia e continuamos discutindo o sexo dos anjos (27/08/2021)
Atualizado: 29 de ago. de 2021
O Fato Sem Politicagem 27/08/2021
Se considerarmos o que vem ocorrendo como as nossas autoridades vamos chegar a uma conclusão inusitada, o Brasil é um país da América do Sul, seguindo o que está escrito no hino, dorme em berço esplêndido, com um povo apátrida, sem problemas de sobrevivência, sem crise hídrica, com parte dos governos estaduais e municipais se refestelando com recursos oriundos do governo federal para gastos específicos e desviados para deleite de poucos.
Assim vive uma nação transfigurada pelas ações dos seus atores políticos preocupados com o amanhã, deixando que o hoje se exploda. Não tem solução, o que somos é o que pensamos e como pensamos agimos de forma leniente, desconexa e hipócrita; essa forma de viver fingindo que estamos com tudo acertado, sem preocupação com o futuro que nos aguarda é típico de um povo desacaudilhado e dissuadido dos seus intentos e nada oferecido em troca.
Enquanto o mundo conta suas vítimas da tragédia sanitária que ainda está em curso, nossos 213 milhões de desvalidos brasileiros, tangidos pelos vaqueiros modernos, de terno e gravata, em direção ao jequi, ao som dos frenéticos gritos de insubordinação dos já exaustos, sôfregos e cambaleantes seres em fim de linha, cujo final infeliz será delimitado pelos membros delitosos que se regozijam da desventura dos seus antigos companheiros de infortúnios.
Colocando a bola no chão e indo direto ao ponto, essa é saga do nosso povo, administrado por um presidente da República, inebriado pelo colosso do Poder, perdido entre os delírios uivantes, como quem quer continuar reinando, como se aqui fosse um reinado, fala para o seu povo comprar armas, sabendo que seus vassalos não conseguem comprar nem mesmo o feijão e arroz do dia a dia, mas no seu cercadinho lhe é dado o direito de reverberar seus espasmos cerebrais.
Que sina triste essa nossa, quem poderia nos ajudar no controle dessa sanha deletéria seria o outro Poder, no mesmo quadrilátero da praça, o Congresso Nacional; esse tem se ocupado no treino de mocinho e bandido, com fortificações arranjadas, denominadas de CPIs, uma delas, tida como do Coronavírus, mais conhecida como do fim do mundo, onde tudo é tratado, menos o seu propósito inicial de descobrir os desvios dos recursos desviados pelos políticos estaduais e municipais.
Em contrapartida, tudo se faz para achar o fio da meada, desde que se possa condenar o mais perseguido pelos seus opositores, na política nacional, o mais desligado e inconsistente presidente que o Brasil já teve, mesmo assim, é o mito dos arroubos, da mesmice, dos solavancos, emissor de frases mal elaboradas e de resultados duvidosos, praticante de ações distantes das necessidades da Nação, porém bem calculada e explicitada de forma cabal e inconteste.
Para não ficar na linha das sabujices o outro Poder, agora posa de mandatário mor, nada pode lhe afetar, qualquer dúvida e quem sejam for, na indisciplina, o sujeito indolente, primordialmente, precisa ser recolhido ao fundo da cela, mormente se tiver usado o uso da palavra e cometido ofensas aos membros do Judiciário brasileiro. A lei da mordaça volta a ser instituída, sem direito ao contraditório, mesmo que não tenha processo, opinião do Ministério Público, portanto, lei é lei.
Parece brincadeira de menino pequeno, os três Poderes envolvidos em casos de pouca importância a vida pública nacional, e quem poderia ficar trabalhando em busca de soluções e alternativas viáveis, face as grandes dificuldades que atravessamos, fica, exatamente mergulhado na subjetividade dos fatos. O grande drama nacional é o que deve ocorrer dia 07 de setembro e a participação dos brasileiros em concentrações determinadas para Brasília e São Paulo.
Não acredito numa ação terrorista dos membros da Direita radical, o que me preocupa é a participação de alguns membros da Esquerda, disfarçados de bolsonaristas, provocando quebradeira geral, ações recorrentes em manifestações desses grupos de baixo espírito público e sem nenhum escrúpulo. Nesse caso a situação poderá se transformar em combate público, necessitando da interferência da força policial.
São esperadas ações da turma do deixa disso, membros dos três Poderes podiam em um gesto de brasilidade, tentar uma trégua, entre os principais envolvidos, tornando o assunto de objetivo parlamentar, usando as palavras, no local certo e por quem de direito, afinal, são pessoas bem instruídas que deviam mostrar ao mundo o grau de inteligência e capacidade de diálogo que o brasileiro tem. Tenho a impressão que se não houver bom senso incorremos no risco de uma tragédia anunciada, o que é uma pena considerando que somos um país que se diz Democrata.
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