top of page
Buscar
  • Foto do escritorGenival Dantas

Depois do Coronavírus o mundo tem forma e corpo de guerra







O fato sem politicagem 07/03/2022



Não é possível não se condoer com as imagens de corpos de soldados e civis tombados, crianças, idosos e mulheres em fuga, filas de pessoas recebendo alimentos das mãos caridosas de voluntários do outro lado da fronteira, entre Ucrânia e Polônia, tanques em ritmo de ataques, soldados entrincheirados, sirenes soando; o barulho dos explosivos sobre as cidades, praticamente desprotegidas dão uma conotação de uma carnificina em marcha.


Depois da segunda grande guerra, ou guerra mundial, nada mais próximo de um colapso total como estamos vivenciando, o que mais nos surpreende é frieza de um único homem travestido de governante de um país comunista, o Vladimir Putin, Rússia, colocando em prática toda sua destemperança, colocando em risco a segurança de um planeta com mais de 8 bilhões de pessoas, quase em paz durante os últimos 77 anos, com algumas desavenças localizadas e pontuais.


Após 14 dias o panorama tende a ficar mais caótico, pelo menos no curto prazo não há sinais de uma trégua no ar, com o acirramento dos nervos, os EUA suspende toda e qualquer compra de petróleo da Rússia, para tanto, se fez necessário ir à busca de novos fornecedores, dentre eles o mundo árabe e a Venezuela, que vem lutando para não se declarar quebrada, por ação direta dos EUA que vem fazendo bloqueio comercial àquele país, uma decisão incômoda aos americanos.


Os políticos americanos não estão gostando da posição do governo Joe Badin, que tanto fez para forçar os venezuelanos a mudarem de postura comunista/socialista, hoje são obrigados a mudarem seu papel na história para segurarem os arroubos russos e abrindo mão de uma batalha próxima da vitória, considerando que no continente Sul Americano a Venezuela é considera uma nação em verdadeiro apuro, com sua população passando fome e sua economia devastada.


O planeta terra começa a sentir os efeitos indiretos no conflito entre Rússia e Ucrânia, principalmente a Europa que tem o fornecimento de gás fornecido pela Rússia, na ordem de 40% do seu consumo total, caso o Putin venha realmente suspender esse produto, pelo menos em curto prazo não há solução, por uma série de fatores, pois depende de outras regiões, continentes, isso implica em logística apurada e investimentos pesados para contornar o problema no médio prazo.


Do outro lado da moeda, a Rússia sem os seus clientes pontuais entra em declínio financeiro, se não há receitas não há caixa para sustentar uma economia ativa, ficando a mercê das suas reservas, muito embora altas, mas não o suficiente para segurar uma paralização por muito tempo, a sequência virá com uma crise muitas vezes incontrolável, merecendo, portanto, por parte do governo Russo, uma ação de criteriosa avaliação antes que todos saiam perdendo nessa barafunda.


No nosso Brasil a situação vai ficando cada vez mais preocupante, muito embora estejamos distantes, fisicamente, do conflito, porém nos sentimos envolvidos até o pescoço, somos dependentes da Rússia, de insumos para produzirmos nossos fertilizantes e agrotóxicos, uma solução de imediata, no caso do corte pela Rússia, não é possível e vão depender de muitos fatores, inclusive políticos. Ademais estamos sendo contaminados pela crise internacional do petróleo.


Para evitar solução de continuidade em nosso abastecimento e até mesmo majoração nos preços praticados ao consumidor final, prevendo uma elevação de preços, o governo Bolsonaro já estuda uma forma de subsídio tanto para a gasolina como para o diesel. Essa é uma solução mais condenável, governo não deve intervir em política de preços, fala-se em custeio por parte da própria Petrobrás com parte dos lucros auferidos, considerando o resultado do ano anterior.


Essa solução é mais um paliativo, foi por essas e outras que os acionistas da Petrobrás tiveram um prejuízo histórico e inconcebível no governo Lulopetista, ficando os aplicadores da empresa, Petrobrás é um S/A, portanto, pagos dividendos aos seus acionistas, o pior é que parte do dinheiro recuperado foi direcionada, pelo governo, para investimentos em setores da educação e saúde, ato social louvável, mas não sei se de fato uma ação muito honesta.


A moral da história fica suscintamente resumida ao desgaste que estamos enfrentando em qualquer país de qualquer Continente, estamos todos presos aos caprichos de determinados governantes de idoneidade mental reconhecida, isso implica em soluções futuras para a seleção de pessoas qualificadas para exercerem funções que digam respeito ao comando de Nações, para que esses imponderados não tentam colocar fogo em um planeta que, encontra-se em elevada temperatura.




Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista



16 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page