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Foto do escritorGenival Dantas

Crime ou casuísmo da oposição






Passado o primeiro momento da aprovação da Proposta da Reforma da Previdência em primeiro turno, Câmara dos Deputados, surge agora nova guerra de convencimentos, do Executivo ao Legislativo, numa tentativa que o projeto seja aprovado no segundo turno, ou fase, sem maiores prejuízos na eficácia do projeto em toda sua abrangência, ficando essa etapa a partir de 06/08, prazo estabelecido pelo Presidente da Casa, Rodrigo Maia.


O deputado que numa única jogada saiu da incômoda posição de atrapalhador do projeto vindo do Executivo, para apoiador e patrocinador da vitória traumática, porém expressiva, da peça caracterizada pela sua desfiguração sofrida no andamento da discussão.


Esse fato credenciou Rodrigo Maia (DEM), o novo Ulysses Silveira Guimarães, Senhor das Diretas Já, a ser pré-candidato ao cargo de Presidente da República, para 2022 e, segundo seus mais exaltados seguidores, oportunidade caída do céu e oportunizada pela ausência de empenho do Executivo, na pessoa do atual Presidente na condução para aprovação do projeto referendado.


São situações como essa que muda toda história política de um País. Com seis meses da atual legislatura nos deparamos com vários pré-candidatos ao Executivo, nas próximas eleições, tanto da Direita como da Esquerda, havendo até disputa ao cargo de vice-presidente, em chapa formada pelo atual presidente, se ele for candidato ao cargo.


Nessa corrida, fora de hora, teremos eleições regionais, em 2020 e muitos acertos e desacertos vão surgir na esteira de aprovações de projetos pendentes na Câmara e muitas conjecturas surgirão daqui para frente. No Projeto da Reforma da Previdência, além do segundo turno na Câmara, lá mesmo, muita coisa pode ser mudada, teremos o recesso de julho e as negociações para esse objetivo só se reabrirão depois do dia 06/08, na sequência vêm às tratativas feitas no Senado Federal.


Enquanto isso, muitos são os que vão se beneficiando politicamente e se capitalizando, tendo como estrela de primeira grandeza a Deputada Federal (PDT/SP) Tabata Amaral, 25 anos, se insurgindo contra seu partido, tinha fechado questão contra aprovação do projeto, juntamente com mais sete companheiros de bancada votaram favoravelmente, criando uma área de atrito, entre eles, deputados, e o comando do partido.


Existe um processo em andamento para punição dos faltosos e a Deputada Tabata se constituiu, sem dúvidas, numa postulante ao cargo de prefeito de São Paulo, condição que configura dores de cabeça para muitos caciques que vinham, silenciosamente, conjuminando apoios e alianças.


A semana anterior se encerrou com farta munição para a oposição calcada em informações prestadas pelo Presidente Bolsonaro que insiste em fazer o mesmo recalcitrando desejos que conspiram contra o zelo pela boa conduta no cargo. Primeiro, para aprovação no Congresso do Projeto de Reforma da Previdência, em primeiro turno, faz promessa de liberação de emendas parlamentares, valores correspondentes a R$ 2,5 bi, procedimento ocorrido antes por outros partidos, PT e MDB, numa verdadeira edição de política velha, mesmo que se diga que agora foi feita de forma transparente, um erro não justifica outro.


Bolsonaro declara que fará indicação, quando surgir vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), de alguém indicado pela bancada evangélica em detrimento de outros possíveis candidatos, esse gesto foi motivo de preocupação não apenas da oposição, mas dos seus apoiadores de todos os partidos, exceção feita aos evangélicos, claro. Isso trouxe um verdadeiro desavir, pois se o indicado não for possuidor de notório saber e mesmo a reputação ilibada como ficará a situação.


Na sequência o Presidente faz menção de indicar seu filho e Deputado Federal (PSL/SP) Eduardo Bolsonaro, para Embaixador do Brasil nos EUA, embaixada em Washington, a mais cobiçada em todo o mundo, existem duas situações distintas, o Embaixador é um cargo político, muito embora muitos Diplomatas de carreira e ofício tenham ocupado o cargo de Embaixador. O Instituto Rio Branco responde pela formação dos profissionais que se dedicam ao trabalho de Diplomata e esses têm a missão de zelar pela imagem do Brasil junto ao País pelo Governo indicado.


Mesmo que o STF não veja nepotismo na indicação do filho do Presidente, não há veto a familiar na administração pública é observada a indicação política para ausência de veto. Sendo o Deputado Eduardo Bolsonaro, um profissional de competência reconhecida e que ofereça condições morais e técnicas para o exercício do cargo, ele ficará impedido de assumir o cargo em questão por ser simplesmente filho do atual Presidente da República?


A questão é se o Presidente pratica o favoritismo, fisiologismo, nepotismo ou todos juntos, talvez nenhum dos crimes enumerados. Por ser legal acredito que seja um problema moral de quem nomeia e ou de quem esteja sendo nomeado.


Genival Torres Dantas

Poeta e Escritor

genivaldantasrp@gmail.com

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