O Fato Sem Politicagem 0/04/2021
Finalmente, chegou minha vez de vacinar, em meio ao tumulto causado pelos meios de comunicações, primordialmente, as redes de televisões e mesmo o mundo digital, você fica tenso na expectativa que a data correta seja anunciada. No meu caso específico, não posso falar pela maioria das pessoas, fomos bem acolhidos, não sei especificar se pelo respeito aos meus 68 anos, e até pela demonstração de carinho dos mais jovens para com os mais experientes.
No dia especificado para fazer o devido agendamento, já passava das oito horas, o telefone tocou, era uma amiga da família, daquelas preocupadas e devotadas, bem característica das profissionais de Psicologia; adiantando que já tinha feito meu cadastro, antecipando qualquer ação minha. No dia específico da vacina cheguei ao endereço indicado no protocolo, impresso pelo meu filho, e fomos educadamente assessorados pela recepção do senhor que estava indicando os passos certos.
As moças que colhiam nossos dados e documentos nos encaminharam para a sala do posto de saúde, UBDS CASTELO, mais próximo da minha residência e que fora previamente marcado. Confesso que fiquei surpreso pela dedicação daquelas pessoas uniformizadas, com sorrisos largos, como se não estivessem em uma maratona por mais de um ano de luta e dedicação em busca de curar pacientes, muitas vezes impacientes com as informações desencontradas, no decorrer do tempo.
A alegria daquelas pessoas fez delas mais bonitas e cordiais, aquele energia terminou me contagiando, antes de sair da sala de vacinação já me sentia até mesmo mais jovem, fiquei me perguntando se eu não estava furando fila, se realmente os 68 anos exigidos para aquele atendimento protocolar. Fizemos fotos e distribuímos agradecimentos, tudo dentro do protocolo como se é exigido nos últimos tempos.
Depois daquelas cenas, inicialmente quase que amedrontado, com a possibilidade de virar jacaré e sua bocarra, ou até mesmo uma marmota desengonçada, coisa de Bolsonarista desavisado, que não é o meu caso, mas há quem acredite nesses fetiches. Saí de lá cheio de esperança no ser humano, como era possível encontrar gente tão verdadeira no meio de uma tragédia humana e ainda acreditando no sucesso da sua atividade.
Esse tipo de realidade e verdade precisa ser convalidado por todos nós, se existe casos que rompem com a dignidade humana, certamente, está moldado nos atos de pessoas, profissionais, mal resolvidas, com alto índice de ódio contra si mesmo, sem nenhum amor ao próximo, não tendo respeito por si próprio como vai respeitar seus pares, ou outro ser humano.
Renovo aqui meu apreço e gratidão aos profissionais da saúde, ou não, mas que estão trabalhando na linha de frente, atendendo a todos e com o mesmo carinho com se fora seu parente mais próximo, esse carinho é extensivo a todos eles de Ribeirão Preto e região, porque não aos demais profissionais espalhados por esse País tão extenso e diferente.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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