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Foto do escritorGenival Dantas

Com a crise do Coronavírus muita coisa tem se especulado em termos de hospitais, (13/05/2021)




O Fato Sem Politicagem 13/05/2021


Com a crise do Coronavírus muita coisa tem se especulado em termos de hospitais, considerando que é lá, do mais humilde ao mais opulento, todos nós procuramos assistência médica, quando o perigo nos ronda à porta da saúde. Antes de tudo é bom lembrar que o hospital remonta a idade medieval, com a medicina teúrgica; na sequencia as hospedarias, ou hospitais foram construídos ao lado de igrejas e monastérios, fornecendo trabalho assistencial e hospitalidade, logo em seguida os aspecto de igreja passou a ter uma aparente imagem palaciana.


Com a medicalização, mesmo embriatória, surge o profissional médico já no século XlV, emergindo a ideia do centro de reclusão com correção da classe pobre. Passando para o século XVlll os médicos passaram a ser considerados instrumentos de cura, o ambiente hospitalar não mais um local de espiritualidade, separação ou repressão aos enfermos. Seguindo a evolução e já no século XlX a Europa foi tomada por hospitais e surge os primeiros combates as infecções hospitalares, a presença das especialidades médicas e os paramédicos.


Depois da segunda guerra mundial o desenvolvimento tecnológico e da alta complexidade médica surge à engenharia médica, uma associação da tecnologia com a medicina, campos específicos que tiveram um resultado prático de muita utilidade na saúde da humanidade. Aqui estamos, em pleno século XXl usufruindo da evolução médica científica, ultrapassando limites entre a morte e a vida, muitas vezes ressuscitando mortos que em outras épocas não era possível.


Colocando a bola no chão e focando dos nossos dias, temos lido pouco a respeito da forma da atual forma arquitetônica hospitalar. No início e advento das Santas Casas, primordialmente, surgidas para atender aos mais carentes, bancadas pelo Estado e administradas pela Igreja Católica. Foi na época de Dom Manuel l, de Portugal, fundador e provedor das primeiras unidades em seu país e sequenciado por seus sucessores que esse tipo de hospital evoluiu, chegando à África e Ásia.


Como no início das colonizações espaço físico não era problema e nem havia a engenharia que hoje temos, as grandes construções civis eram feitas horizontalmente, na proporção que a humidade crescia e as cidades iam se comprimindo às margens dos rios e riachos, com formação de vielas, ruas e avenidas, a especulação imobiliária ia expulsando dos locais centrais os pequenos comércios, ou mesmo moradas mais modestas e em seus espaços foram surgindo grandes edifícios, verdadeiros espigões, dentre eles os atuais hospitais top de linha.


Com a chegada da tecnologia e os equipamentos hospitalares surgem novas necessidades de acomodações para operacionalidade dessas novas máquinas, agora aquilo que parecia uma solução definitiva volta-se a pensar nos hospitais horizontais para viabilizar a assistência médica de forma técnica e humanizada, com a volta da iluminação e ventilação natural como forma coadjuvante no tratamento médico.


Porém, há outros consoantes que devem ser consideradas, pelo menos no atual momento, quando a necessidade de leitos é capital fundamental para o isolamento e tratamento dos pacientes infectados pelo Coronavírus. Não obstante a necessidade de se formar um novo conceito em arquitetura hospitalar o que nos resta no momento é o sistema da construção “off-site” (longe do local onde ficará definitivamente) já popular no mundo para ocupações corporativas.


A construção modular já é um sucesso retumbante, no Japão esse tipo de construção representa, atualmente, 30% do mercado imobiliário, quando essas obras duram em média 100 dias, tudo é levado da fábrica, pré-fabricados, para o local definitivo, incluindo-se paredes, divisórias, parte elética e hidráulica. Apenas para lembrar, na China o Mini Sky City, um arrnanha-céu de 57 andares, foi montado em apenas 19 dias. Aqui no Brasil já temos a Gerdau Builders inserida nesse mercado e com grandes planos e projetos.


Todas essas experiências procuram minimizar os problemas apresentados na ocupação dos centros das maiores cidades, incluindo-se as manutenções prediais que se apresentam mais complicadas quando as construções são verticais, os acessos aos pontos desejados, estacionamentos; as movimentações internas por setores de apoios como enfermagens, nutrição e dietética, serviços de limpeza e lavanderia, além das manutenções que se verificam a todo tempo.


Depois dessa pandemia sanitária em andamento acreditamos que muitos modelos de vida nos grandes centros vão terminar por se equacionarem de forma mais harmônica, com objetivos claros na praticidade, custos mais razoáveis encurtamento de prazos, distâncias e acomodações com residência e trabalho, outro fator que será determinante nos próximos tempos. Acreditamos na eficiência com eficácia, trabalho com lazer, estudos com aprendizagens práticas e o excepcional seja o aproveitamento do homem no seu espaço com todo seu potencial em favor dele próprio.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista







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