


Velhos vícios, trapos remendados 21/06/2024
Como minha origem está intrinsicamente ligada ao rádio, mesmo tendo permanecido longe dele por muito tempo, sendo o Chico Buarque de um tempo em que estive presente no meio, no seu aniversário de 80 anos me veio a possibilidade de lembrar sua importância para a música brasileira, mesmo sendo ele um produto da Esquerda brasileira e eu um defensor da direita e do Centro.
Reconheço que o Chico é de longe um ídolo que supera qualquer corrente política, não só pela sua versatilidade como compositor, escritor, como pela seu equilibro no trato com a língua portuguesa e suas ponderações para com o social, um tema recorrente em suas letras objetivas e inteligentes, por essas razões não posso deixar de reconhecer sua postura carismática para o nosso mundo musical.
Tenho dito que reputo o chico como um dos maiores componentes da nossa MPB, mesmo não sendo um cantor, mas de uma interpretação ímpar, mormente ao interpretar suas canções, desde os sambas até às canções diversas, e como compositor ele tem o grau de importância que tiveram outros compositores de um passado mais distante e que ficarão na memória de todos nós e para sempre.
Diria até que comparável a ele, em termos de produção e qualidade tivemos muito pouco, dentre os comparáveis: o Noel Rosa, Ary Barroso, Herivelto Martins, Pixinguinha, Tom Jobim, Adelino Moreira, Evaldo Gouveia e Jair Amorim, Vinicius de Morais, Paulinho da Viola e Maysa Figueira Monjardim (Maysa) esse elenco, juntando o Chico Buarque, representa a MPB em qualquer situação.
A obra intelectual do Chico Buarque não se prende apenas às suas composições musicais, ele escreve romances, assim como peças de teatro e suas letras musicais mais conhecidas ficam por conta de Pedro pedreiro, Roda-Viva, Gota D’água, O que Será, Olhos nos Olhos, A Banda, Construção, Folhetim, Apesar de Você, e tantas outras imorredouras.

Genival Dantas
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