Velhos vícios, trapos remendados 21/05/2024
A justificativa do governador, Eduardo Leite, que tinha outras prioridades em ação para não trabalhar com as recomendações técnicas e científicas nas contenções de novas enchentes foi no mínimo prevaricação, a vida humana é a prioridade das prioridades para um administrador público, principalmente quando o dinheiro é escasso e o Estado encontra-se quase em estado falimentar.
Tudo bem que a federação, por acordo federativo, fica com a maior parte dos impostos recolhidos pelos federados e devolvidos um percentual menor para os maiores produtores, caso de SP, RS, dentre outros, ficando com uma melhor fatia, percentualmente, os mais pobres, principalmente localizados no Norte e Nordeste brasileiros. Ficou uma situação delicado para o governador.
É preciso que se faça uma operação relâmpago para que a situação seja resolvida de imediato, sem esperar uma nova crise climática, a recuperação das bombas para alívio dos lagos, em total de 23 e apenas 4 funcionando é simplesmente ridículo, tendo que outros Estados emprestarem equipamentos para amenizar o problema acarretado, não adiante ter o equipamento sem a manutenção em dia.
Outro assunto que merece uma ação emergencial, sair das narrativas e discursos demagogos, são as providências para acomodamento da população de 660 mil pessoas que hoje se encontra em condição de acampada, em colégios, igrejas, casas de amigos e parentes e voltem a ter a dignidade de uma vida privada, consta-se 78 cidades em emergência e 340 afetadas com prejuízos.
Sabemos das dificuldades em termos de prazos e necessidades, mas todo exercício de agilização será providencial, essas pessoas estão estressadas, precisam, além, do apoio material que estão tendo, é fundamental que não se esqueçam do psicológico dessa população atingida, pois além das perdas materiais há o incômodo de não ter para onde voltar, pois muitos imóveis encontram-se totalmente imprestáveis.
As imagens das pessoas tentando recuperar alguma coisa de pertences entre os escombros, são cenas desoladoras e humilhantes, quantos comerciante que não vão ter condições de se restabelecer, e quantas famílias não vão ter condições de repor seus móveis por mais modestos que sejam. É impossível calcular, hoje, o prejuízo que os gaúchos tiveram com esse terrível desastre, além das vidas perdidas.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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