A tragédia do Coronavírus trouxe muitos problemas para vários países, uns com mais outros com menos, mas o final desse caso não será nada produtivo nem positivo para todos nós. Falando especificamente da nossa terra já sabemos, desde já, seremos um país piorado depois dessa fase; a nossa democracia não sei se ela sairá vitoriosa quando esse terremoto sanitário passar e a medicina tiver encontrado uma solução objetiva para o mal que nos assola.
Atualmente temos uma Nação com duas correntes políticas em defesa da democracia plena, a situação usa víeis democráticos e atua de forma absolutamente absolutista, uma verdadeira falácia ou engodo para os menos informados. Porém, na outra ponta a oposição com roupagem e adereços bem mais próximos do nazismo camuflado grita ao mundo em defesa da própria democracia mesmo que a sua principal arma seja a violência e o ódio numa verdadeira apologia ao continuísmo de nós e eles, que insensatez! Querem nos mostrar que somos todos idiotas, que ao passado pertence à velha política e agora, em novos tempos a realidade vem com novas práticas e filosofia de uma existência sustentada na objetividade e a verdade dos deuses da semiologia.
Nada mais díspar que o pensamento dos capciosos, dos que tentam se enganar enganando os outros, assim, convivendo com esses maledicentes dissimulados somos obrigados a respirar o ar da mesma atmosfera poluída por esses casuísticos inefáveis às avessas. Depois dos últimos acontecimentos políticos somos obrigados a não ter mais esperança que o Brasil possa sair da crise sem se tornar uma crise para ele mesmo, elevando desconfiança nas Américas e no próprio Planeta.
Somos um país sem crédito, sem moral e sem perspectivas, uma ilha cercada de lama e por todos os lados. Não existe um só Poder constituído que hoje se justifique, os três se equiparam na pequenez dos seus atos, infelizmente, não temos a quem recorrer. A situação é uma extrema direita esdrúxula, cooptada pelo que é de mais perverso em um sistema de governo que é a corrente impregnada de corruptos e corruptores. Na outra ponta uma extrema esquerda tentando desagregar os situacionistas para retornar ao Poder, certamente, para praticar os mesmo crimes, já conhecidos, e não faz muito tempo. Correndo pelo meio há uma direita e esquerda com passado de pouca glória, um presente análogo e de futuro duvidoso.
Enquanto somos soprados pelos ventos da discórdia e da tragédia, tentando nos sustentar em pernas bambas em areia movediça os números justificam nossa desesperança. Sem prazo razoável para que a pandemia seja superada a sobrevivência da Nação é deletéria para a saúde financeira, tanto para o gestor público como para a economia privada. O governo Central sem nenhuma noção de rumo, tenta salvar o que pode com o que não tem, alivia a situação dos Estados e Municípios com ações imediatas, fazendo dívidas, e os valores levantados correspondem ao máximo 40% das necessidades reais, portanto, haverá necessidade de novo aporte de recursos para solução de problemas emergências.
A população carente, mais carente que antes, é socorrida por auxilio emergencial, com possibilidade de transformação em permanente fazendo a ação chegar à bolsa família, agregando a esses projetos o Renda Mínima, para tanto, há a necessidade de uma ampla reforma administrativa e fiscal, a depender de iniciativa do Governo, Executivo, e do Congresso Nacional. Enquanto os mais carentes ficam dependendo de políticas sociais temos outra parte da sociedade que são os empresários e empregados mantenedores da economia formal, viajantes da ilusão, em busca de soluções práticas, sobreviventes nesse mundo cão, para sobreviver se faz necessário, mais que nunca, uma aliança entre o capital e o trabalho.
No mercado empresarial temos casos mais graves e asfixiantes, setores que se não for oferecido algum tratamento de choque financeiro, por tarde do próprio Governo e o setor bancário, será uma verdadeira bancarrota. O setor de Petróleo e Energia vai ter que ser privatizado, pelo menos empresas que só representa custo para o Governo. O transporte aéreo é visto como outro eterno problema, nossas três maiores empresa já anunciaram a necessidade de suporte de aproximadamente R$2 bi, individualmente.
Para o transporte rodoviário as soluções estão sendo tratados com seus gestores, o transporte pesado, caminhões e ônibus a locação dos veículos é calculada como ação criativa, como não há capital de giro e para investimentos na renovação da frota o caminho é a empresa vender e locar esses veículos junto aos compradores que seriam bancos, financeiras e outros. Nessa mesma modalidade pode viabilizar até mesmo outros tipos de equipamentos, como máquinas para construção civil, indústrias e até mesmo o transporte leve, toda essa política não é nenhuma novidade, já existe e é até rotineira, apenas ampliá-la dentro da necessidade.
Outros setores da economia precisam se moldarem as suas necessidades e realidade para que tenhamos um retorno aos tempos normais menos doídos. Tudo isso será factível desde que os nossos gestores, Poder Público, voltem a trabalhar pensando no Estado e no povo, esquecendo seus projetos pessoais e políticos, nada mais justo que esses também entrem como uma parcela de sacrifício, afinal, somos todos responsáveis pelo que anda acontecendo em nossa volta, se não houver renuncia e bom senso não sairemos vitoriosos dessa batalha indesejada.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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