Barretos/SP
Fiz esse texto, poema, anterior ao ano de 2009, época que usava alguns pseudônimos, dentre eles Sergio Kante, quando ainda morava na Rua 18, na mesma casa e rua por 10 anos, distante 50 metros da Praça Primavera, se não deixei saudades, pelo menos carrego comigo um turbilhão de lembranças e emoções. Sentimentos não se matam simplesmente se rememora. Obrigado Barretos.
Bairro Primavera
Barretos/SP
Deslumbrante espaço de arvores antigas
Onde as sombras deixam o tempo mais fresco
As suas copas servem sempre de moradias
Aos pássaros que fazem seus ninhos a cada ano;
Casarões que mostram toda beleza
E o bom gosto dos seus moradores
É gostoso sentir a tranquilidade e harmonia
O sossego que predomina em suas noites;
A sua praça se sobrepõe sobre as demais
Que na cidade é fonte de lembranças
Dos campos, bosques e da mata nativa
O balançar das folhas numa valsa antiga;
Carros e pessoas lembram-me dela
A moça morena no frescor dos seus vinte anos
Vagarosamente, arrastando o chinelo, por mim passava
Como quem a dizer bom dia, olhando-me nos olhos;
Eu nunca dei a devida importância do teu aconchego
Sinto-me saudoso dos tempos que por lá morei
Quem sabe um dia eu retorne como emigrante pródigo
Matando as saudades dos amigos que lá deixei.
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