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  • Foto do escritorGenival Dantas

Atentem bem, os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis.(24/07/2020)


“O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho.” Essa frase foi escrita por um homem que teve a seguinte trajetória – em 1831 fracassou nos negócios; 1832 foi derrotado para o Legislativo; 1833 novamente fracassou nos negócios; 1834 eleito para o Legislativo; 1835 a noiva faleceu; 1836 teve esgotamento nervoso; 1838 derrotado como orador; 1843 derrotado para o Congresso; 1846 eleito para o Congresso; 1848 derrotado para o Congresso; 1855 derrotado para o Senado; 1856 derrotado para vice-presidente; 1858 derrotado para o senado;

Finalmente, em 1860 tornou-se eleito o 16º Presidente dos EUA, reeleito em 1864. Esse foi Abraham Lincoln (1809-1865). Depois de extraordinária gestão, inspirador da moderna Democracia, notabilizou-se pela defesa da causa dos pobres e humildes e por ter decretada a emancipação dos escravos em 01 de janeiro de 1863, além de outros feitos históricos ele é reconhecido como um dos maiores Estadistas Democratas de todos os tempos.

Esse preâmbulo é para mostrar que os grandes homens também são vítimas dos nefastos humanos que nascem para enlutar o mundo em que vivemos. Em 14 de abril de 1865 o ex-ator John Wilkes Booth, contrário ao seu pensamento político, e com um tiro na nuca, Lincoln foi atingido e morto em pleno espetáculo no Teatro Ford, em Washington. Essa tragédia americana aconteceu há exatos 155 anos como prova inconteste que mesmo na Democracia a rudeza dos homens nos torna inseguros em qualquer nação.

Trazendo esse fato para nossa realidade e nos dias de hoje, como brasileiro e amando o Brasil como eu o amo, tento elucidar os fatos da nossa contemporaneidade dentro da coerência que não possa embaciar a história como de fato ela tem que ser apresentada não só para a nossa geração, mas para os nossos sucedâneos, esse é o compromisso que tenho como jornalista e escritor. Assim sendo, devo lembrar que não há necessidade de sermos para o nosso país o que Lincoln foi para a sua nação, chegando ao maior cargo que possamos ocupar dentro da estrutura política administrativa que a República permite a todos os brasileiros.

Traçando um paralelo entre Brasil e EUA, com uma diferença de 26 anos entre a emancipação dos escravos nos EUA e a libertação deles aqui no Brasil, temos certa equidade entre nós e os americanos da época, com nosso protagonismo na Europa, a nossa posição comercial e o Brasil sendo respeitado pela expressão que tinha com Dom Pedro ll sendo reconhecido mundialmente como um estadista, mesmo sendo imperador, tinha espírito democrático, uma cultura admirada principalmente na Europa, ele representava o que havia de mais culto em nosso país, tinha a proficiência em muitas matérias, amante das artes apoiador dos artistas, patrocinando com seus próprios recursos muitos astros que se destacaram no mercado internacional e de origem brasileira.

O mundo foi surpreendido, 1889, com a traição dos brasileiros quando afastaram Dom Pedro, um golpe inconcebível, e substituíram o Brasil Império pela República, isso praticado dentro de um contorcionismo político que se deteriora a cada dia e até hoje. Tivemos alguns lampejos de um país soberano com a passagem de Juscelino Kubitschek, 1956/196, e a presença de alguns militares que souberam dignificar o país e a farda do nosso exercito, depois de evitar o golpe da ditadura do proletariado, mesmo considerando o período de 1964 até 1985 como ditadura militar tivemos momentos de grande desenvolvimento, principalmente em termos de estradas e o setor elétrico, com a verdadeira interiorização do Brasil.

Vivemos um momento de extrema precariedade de subsistência e relação social, tanto com nos familiares, amigos, colegas de trabalho, estágio peremptório com o Estado com quem mantemos uma relação de confiança, respeito e compromisso com as nossas vidas e a segurança da manutenção da sua supremacia enquanto Nação, para tanto pagamos nossos impostos e taxas enquanto recebemos em troca a garantia dos nossos direitos enquanto cidadãos brasileiros. Pelo menos é o que todos nós esperamos daqueles que conduzem os destinos do País.

O que temos vivido desde fevereiro último é uma situação de calamidade pública, não apenas pela tragédia que se abateu sobre nós, ocasionada com o advento do Coronavírus, antes fosse só por isso, há uma verdadeira insegurança no ar em decorrência da instabilidade implantada pelo descompasso na administração pública, o que é pior, envolvendo os três Poderes que nos administra, direta ou indiretamente. Infelizmente as Instituições se interagem de forma absolutamente desarticulada, trazendo o caos à população perdida e em certas horas em estado de pânico.

É lamentável, temos hoje um país moralmente falido, com partidos e políticos viciados no aproveitamento do erário público, com a prática de desvios de condutas, somos administrados por um presidente da República, sem nenhuma noção de administração do seu emocional, sofrendo da ausência de comportamento, digno de um estadista, e total desconhecimento de competência, ficando o país nas mãos de um Congresso fragilizado com os dois presidentes das Casas, Câmara e Senado, acusados de práticas nada republicanas.

No Judiciário a situação não é diferente, com seu presidente sendo acusado de desvio de conduta antes de entrar no STF, delatado por operadores de vícios de práticas nocivas ao Estado brasileiro. Mais ainda, outros membros acusados pela população e até políticos, de casuísmos comportamentais.

Nos últimos dias, no decorrer nessa semana que se encerra, a mídia tem nos remetido ao estranho mundo da insensatez política, com informações até de cunho policial, o que já vem sendo uma constante desde a Operação Lava Jato e seus tentáculos, com levantamentos de crimes de desvio de condutas por protagonismo de muitas autoridades Federais, Estaduais e Municipais, nos últimos tempos a situação de participação criminosa, pelo menos suspicácias, vem se constituindo mais dentro das esferas Estaduais e Municipais, alguns deles não mais nos surpreendem, tanto pela modalidade da prática como dos seus operadores, conforme levantamentos da Justiça e Polícia.

Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista




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