Velhos vícios, trapos remendados 01/07/2024
O atual momento nos faz pensar até mesmo em vilania ou esbórnia exacerbada de tanta efervescência social, a disfunção do tempo com a desconstrução da efetividade, quando tudo nos leva ao abismo do imponderado nos impondo situações vexatórias como a nos empurrar ladeira abaixo da moral e dos bons costumes nos perpetuando na curvatura da indolência.
Assim são os fatos discutidos do Legislativo, quando o Judiciário, STF, permite que assim se proceda, até que ele possa determinar o que efetivamente se faça. Entre tantas aberrações propositivas chegamos ao ápice do desconexo, o Congresso trilha no caminho do descaminho familiar que é a oficialização da jogatina, em nosso território, propósito de perdas e danos para a sociedade cristã.
Muitos estão pensando apenas nos jogos de azar e cassinos, proibidos no governo do general Eurico Gaspar Dutra, 30/04/1946, em nome da tradição moral, jurídica e religiosa. Desde então os jogos de azar são tidos como contravenção; temos de arrasto o jogo do bicho, permitido em alguns Estados, com incidência maior nos Estados mais pobres da Federação, além do Rio de Janeiro, claro.
Para quem, efetivamente, não sabe a extensão da malignidade desse tipo de jogo, ele consegue viciar principalmente os mais pobres e miseráveis. Conheço sua velha história desde minha infância, do interior da Paraíba, meu Estado natal, lugar, como em outros Estados nordestinos, era um jogo recorrente dentro das camadas mais pobres e miseráveis, o pouco que ganhavam ia para esse vício danoso.
A história que ele proporciona emprego para as regiões em que o jogo do bicho é explorado é falácia, ele regimenta um exército de pessoas desocupadas que entram na atividade de oferecer os jogos, com frequência diária, sem nenhum vínculo empregatício, ganhando por produção e sem garantia trabalhista e os apostadores, viciados, tendem até fazer dívidas para continuar jogando.
Caso os jogos sejam oficializados, o álibi que trará estímulo para o turismo nacional é inverídico, muito mais temos a oferecer em termos de riquezas naturais; quanto ao jogo do bicho a miséria vai se acentuar cada vez mais, com tendência a desarticular as famílias mais vulneráveis e mais carentes, materialmente falando, essas são as que mais procuram na jogatina uma possibilidade de crescimento.
Genival Dantas
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