Confesso, jamais podia supor, ou imaginar em 23/11/2012 que hoje, 17/12/2018 decorridos seis anos e relendo um texto que fiz naquela data, estaria lidando com uma situação piorada no nosso País. Para uma análise mais amiúde leia abaixo o texto referenciado:
No último dia 07 Barack Hussein Obama é reeleito presidente dos EUA, ele que é o primeiro negro, afro-americano, a assumir a presidência daquele país, em 20 de janeiro de 2009. Reconduzido pelo povo estadunidense ao cargo maior, do seu país, depois de uma disputa bastante acirrada e com desfecho de muito alento para o mundo democrata que espera do vencedor nas urnas uma resposta aos problemas de ordem econômica que aflige aquela nação com reflexo direto a outros povos que procuram ter um estreito relacionamento comercial e de apoio para superação dos problemas pertinentes à manutenção da paz no nosso planeta.
Barack Obama, um humanista detentor do prêmio Nobel da Paz, em 2009, reeleito após vencer o republicano Mitt Romney, teve 332 votos de um total de 538, contra 206 do seu oponente. Afirma que, para os Estados Unidos, "o melhor ainda está por vir", ele volta à Casa Branca, mais determinado e inspirado para o segundo mandato.
Ele tem noção dos grandes desafios pela frente ganhou a chance de continuar implantando o programa de mudanças, tese de campanha do seu primeiro mandato, antes do enfrentamento pelo cumprimento das metas estabelecidas, há necessidade de reduzir o déficit, reformar o código tributário, aprovar as mudanças na Lei de imigração e diminuir a dependência do país do petróleo estrangeiro, há ainda uma questão de relevância devendo ser dada prioridade ao núcleo da crise financeira, com ênfase no crescimento sustentável e equilíbrio das contas públicas, com empenho, austeridade e responsabilidade.
Essa questão não é só dos EUA, estamos todos envolvidos nessa atmosfera. O velho continente, a Europa, está pedindo clemência aos países emergentes para dar solução à crise do Euro que sufoca os 27 países envolvidos no drama daquela moeda. A viagem feita pela Presidente Dilma Rousseff, àquele país, ficou bem evidenciado o grau de dificuldade que passa o continente europeu, nos sendo solicitados investimentos dos nossos empresários, e oportunidade de trabalho principalmente, mão de obra especializada, para profissionais daquele país que acumula uma mão de obra ativa e ociosa na ordem de 25%.
O que é mais gritante é o patamar de endividamento por parte dos espanhóis quando mais de 400 mil imóveis estão sendo devolvidos ao mercado financeiro por inadimplência e pela falta de pagamento das hipotecas imobiliárias, causando grande transtorno social naquele país. É de se acrescentar, assim como a Espanha, outros países estão vindo à esteira da bancarrota.
O Brasil por sua vez começa a entrar numa área de turbulência, não há como negar as dificuldades que insistem a se apresentarem, notadamente por alguns problemas isolados, que somados nos deixa preocupados. A nossa logística está comprometida dificultando todas as atividades que dependem da nossa infraestrutura, desde os serviços rodoviários até os aeroportuários com prejuízos acentuados aos seus usuários e o escoamento das nossas commodities, além da produção industrial nos seus diversos segmentos, tanto para o mercado interno como às exportações, com peso no fechamento das contas da balança comercial.
É sabido que estamos nos arrastando em termos econômicos, o nosso plano real já apresenta sinais de fadiga, ele foi importante na estabilidade da nossa moeda, num momento de profunda agonia que passava a nação, sem ele não teria sido possível a implantação das medidas sociais, tão importantes para todos nós.
Hoje temos que procurar fazer ajustes para que os ganhos auferidos pela sociedade brasileira, com implementação e execução de projetos que tanto beneficiou a classe trabalhadora não venham a ter uma sensação de falsos benefícios, principalmente, para a nova classe consumidora, que vem sendo corroído e desfeitos os sonhos realizados.
Não podemos apostar apenas na política do consumo. Trabalhar apenas pela elevação do PIB é temeroso. A sociedade já está no linear do seu endividamento, do limite ecológico ao consumo deve ser espeitado, antes que seja tarde. O governo apostou na desoneração dos impostos, leiam-se IPI, para manutenção dos patamares das vendas inerentes a linha automobilística e a branca, com perdas substanciais, na ordem de 20 bi na arrecadação desse imposto.
Como consequência, tivemos o estrangulamento no trânsito das nossas ruas, dificuldades e maiores desgastes na malha viária nacional, já tão desgastada pela absoluta falta de manutenção preventiva e corretiva, acarretando acidentes fatais e longos congestionamentos nos entornos e acessos das grandes cidades.
Não adianta ficarmos segurando o índice inflacionário, sacrificando empresas como a Petrobrás, antes uma das mais eficientes e rentáveis das empresas estatais, hoje deficitária pela política de compra e venda, estamos comprando o petróleo no mercado internacional por um preço maior que o valor vendido no mercado interno. O setor Eletrobrás também está indo para o sacrifício, em janeiro próximo teremos redução na conta da luz, em decorrência de estímulos e concessões para a produção, tanto para pessoa física como jurídica.
Precisamos reavaliar nossos conceitos, o Brasil como um país líder e principal produtor industrial da América do Sul, um dos maiores produtores de commodities do planeta terra, precisa aproveitar o momento histórico, repaginar sua história de comercio internacional, se impor e assumir definitivamente sua liderança nas Américas fazendo uma reengenharia na cultura industrial, preservar tudo aquilo que já conseguimos em termos de conceito e lucro no que tange a potencialidade, para definitivamente segurarmos posição no ranking mundial e mantermos os lucros sociais e ampliados dentro da medida do possível e é possível.
Elevando o grau de felicidade para o brasileiro, com justiça, segurança e estabilidade emocional, assegurando a certeza que estamos em um novo tempo, que os velhos políticos demagogos e corruptos não farão mais parte do poder de uma nação que quer ver assegurada a vitoria de um povo que sempre lutou pela sua liberdade e igualdade, dentro de uma democracia plena.
Genival Torres Dantas
Escritor e Poeta
genivaldantasrp@gmail.com
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