Novo governo velhas práticas 31/10/2023
Até que ponto o homem pode chegar para se manter em um cargo, será que é necessário o ser humano, tido e reconhecido como uma pessoa de méritos, com uma vida pregressa, se não uma das mais brilhantes, porém gozando de uma reputação admirável principalmente entre seus interlocutores, até mesmo seus adversários políticos, refiro-me do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e o imediato do presidente Lula da Silva.
Claro que não foi por querer menosprezar seu ministro da Fazenda, entretanto como o presidente se expressou sobre o futuro econômico do Brasil, fez de Fenando Haddad um paspalho, até mesmo o bobo da Corte. Ir de encontro ao pensamento econômico do seu ministro, ao dizer que não acredita no déficit fiscal zero em 2024, foi no mínimo uma falta de respeito com um profissional, auxiliar direto no seu governo e hoje, o mais respeitado ministro.
Não morro de amores pelo Haddad, primeiro por ser uma pessoa da esquerda, porém devo admitir que ele vem exercendo um papel de relevância dentro do atual governo, atuando como um verdadeiro bombeiro de plantão, principalmente quando tem que contornar as falas discrepantes e desnecessárias do Lula da Silva, que ele, Lula, não entenda absolutamente de nada, tudo bem, mas não é necessário que ele emita opinião a respeito do que lhe é desconhecido.
A intempestividade colérica começou com sua recomendação em mandar queimar os livros de economia, pois ele não faria uso desse tipo de livros, pois ele tira na sua equipe um ministro da Fazenda, entretanto ele seria o mentor intelectual da Pasta, verdadeira ironia! Fato é que ele não se fez de arrogante, com toda sua empáfia, tem agido como prognosticou, muito embora cada opinião emitida somos brindados com uma saraivada de incongruências.
Como o ministro Haddad tem se mostrado coerente com suas narrativas, mesmo sem muita certeza que terá respaldo dentro do próprio governo, muita gente da área econômica, tem levado seu apoio, principalmente os opositores conscientes, que não torcem contra o Brasil, querem que o Brasil acerto, seja quem for o governo, dentre eles encontra-se o presidente do Congresso e Senado, Rodrigo Pacheco, claro que não vai sair de graça esse apoio moral.
É muito triste verificar que temos um governo em andamento, sem afinidades nem mesmo com seus aliados, é corrente que o próprio Partido dos Trabalhadores (PT) não avaliza o programa do Fernando Haddad, essa situação cria embaraços e constrangimentos quando o mercado fica sem entender os próximos passos, dessa forma a economia não deslancha, implicando em manutenção de juros altos e inflação resistente. Isso é um fato lamentável.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
Commenti