O Fato Sem Politicagem 17/02/2021
Não é nada confortável ter um país mergulhado em problemas diversos dentre eles uma pandemia acusando a perda de 240 mil pessoas mortas e 9900 milhões de infectados, mesmo tendo 8843 milhões recuperados, uma vacinação em ritmo de tartaruga ocasionada pela ausência de vacinas compatíveis com a real necessidade e premência da população, não podia ser diferente, há desconforto por todos os lados.
Os governadores e prefeitos buscam informações, precisas e objetivas, junto ao Ministério da Saúde, quanto ao programa federais para a sequência da distribuição das respectivas vacinas, fala-se em ação sem necessariamente estipular datas e novas importações que possam justificar o efetivo cuidado dos governantes para com seus governados, na tentativa de minimizar a ansiedade, normal, em quem corre o risco até de morte, como é o caso dessa fase do Coronavírus.
Nesse caso até mesmo o STF já foi acionado, o ministro Eduardo Pazuello se encontra enroscado no Congresso Nacional, por conta de uma CPI na mesa da administração do Senado, todos os motivos geradores desse procedimento têm origem exatamente no seu procedimento na condução frente ao combate desse mal que nos assola, não só ele, o próprio presidente Bolsonaro é tido como coparticipante.
O que nos assusta é como o governo federal, na sua ausência de comando, tem se mostrado inerte e absolutamente acuado pelos que buscam soluções imediatas e profícuas, porém a situação parece não ser de responsabilidade de aquele poder. Tudo que se relaciona com a vida, a cultura e ao científico não merece o apreço do presidente da República, ao contrário, são temas relevados à condição secundária.
Justificando essa afirmativa é bom lembrar o que temos visto na pauta de prioridades de Jair Bolsonaro, já fiz referência ao tema em textos anteriores, o desarmamento, colocado em quatro projetos, na última sexta-feira, contestados pela maioria dos parlamentares que procuram entender sua constitucionalidade, um caso, certamente, será judicializado, mais um que o governo tenta aprovar sem a meritocracia necessária para ter o aval do Congresso.
Não satisfeito, Bolsonaro anuncia acorde que teria feito para aprovação de outro projeto, “excludente de ilicitude”, simplesmente é outro caso que podia ficar sob malhete e sobre sua mesa a ser discutido a posteriori, no momento é um assunto sem a relevância necessária e não conta nem mesmo com a famosa bancada da bala, grupo de militares deputados e senadores, tem apoiado, sistematicamente, os temas apontados pelo presidente e que sejam de interesse nacional e de urgência urgentíssima.
Enquanto isso, o povo passando privações, os mais necessitados, esperando que Deus ilumine a cabeça dessa gente insensata, que faça a lógica e a realidade com o respaldo dos congressistas coerentes, aprove de imediato o auxílio emergencial, o tempo urge e é máster que esses valores cheguem às mãos dos mais carentes, conforme dados do próprio governo trata-se de uma população de trinta e oito milhões, sendo mais de oito milhões na extrema pobreza.
Os números acima justificam qualquer ação em caráter emergencial, principalmente, pelo seu aspecto social, considerando que esse socorro implica em gostos de aproximadamente R$ 142 bilhões, mas de uma importância enorme para os beneficiados e indiretamente ao setor econômico que via a economia ser irrigada, principalmente no comercio varejista, por essa soma tão bem vinda, nesse momento de angústia e sofreguidão.
Quanto como obter os recursos necessários para fazer frente aos custos resultantes, se todos os setores do governo concordarem em apertar o cinto e com esmero cuidado, trabalho profícuo e zelo para com o próximo mais carente, como sempre ocorre com quem quer ser útil para a humanidade, com certeza a solução vai se apresentar mais rápido que se imagina, é uma questão de querer.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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