


Velhos vícios, trapos remendados 01/09/2024
Como a mídia tende a focalizar as informações dos maiores municípios, com seus orçamentos superavitários, mormente nesse momento em que a política mobiliza os comentários voltados às próximas eleições voltadas para os Executivos e Legislativos, enfocando os Planos Diretores e as Leis de Zoneamento, as duas principais normas urbanísticas das cidades, a vida vai de vento em popa.
Claro que nem sempre o dinheiro é farto, quanto maior for a cidade maiores são os problemas e imediatos são suas soluções, de qualquer forma, quando há dinheiro, mesmo escasso a probabilidade de execução é mais rápida, portanto, basta ter um exímio administrador (prefeito) atento às suas demandas e um conselho administrativo (vereadores) ativo para que ocorra harmonia perene.
É evidente que estou falando de uma situação que deveria ser normal na administração pública, o que de fato é uma raridade. Estamos em plena campanha para as eleições próximas e a guerra é visivelmente desconfortável para quem estão nas disputas, com Partidos políticos prestigiando os seus favoritos e à margem a maioria que sem muitos recursos usa o recurso do lado emocional.
No nosso país temos a necessidade de mudarmos essas regras eleitorais, desde a fórmula para indicação dos postulantes aos votos do eleitor até mesmo a remuneração pelo trabalho dos Edis, pelo seu custo devia haver apenas uma ajuda de custo, onerando o mínimo o erário, cujos valores economizados fossem revertidos à comunidade mais carente do município, na área de educação e saúde.
Para os municípios maiores e mesmo os menores que não fossem deficitários e não dependessem de verbas dos Poderes externos e pelas dificuldades do exercício do cargo, desde que o município tivesse vida própria e os valores destinados ao seu Legislativo não viesse trazer consequências negativas ao seu reduto, ficando a Câmara como verdadeira escola de brasilidade para o exercício de futuros cargos em esferas superiores.
Como o município é o berço da política se faz necessário que para se galgar a posições de relevância estadual e nacional seria necessário fazer esse estágio no município com objetivo de, educando o cidadão desde a escola, dificultar a prática da corrupção. Para que essa fórmula fosse implantada seria necessário mexer com a Constituição e o brio dos atuas membros do Legislativo Federal. Pensar é preciso.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista

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