O Fato Sem Politicagem 20/12/2020
Confesso que tive muita dificuldade para iniciar este texto, por uma razão muito simples sempre escrevi sobre esse tema com muita desenvoltura e elucidando os aspectos da época. Agora há novos ingredientes externos que impactam a data das festas natalinas e do final e começo de um novo ano.
Como é sabida a fase que o planeta terra atravessa não é uma das mais regozijantes, o período de quase um ano de tragédias e desolações calam e submete a alma humana a uma reflexão mais profunda e ponderada.
Considerando que somos tomos passageiros da mesma nave seguindo em direção do desconhecido, não sabemos ainda nem mesmo como combater, cientificamente, a pandemia causada pelo Covid-19, portanto estamos tateando em busca de recursos para tentarmos sair dessa situação de dificuldades e sofrência por nós humanos.
Não há como se considerar um privilegiado nessa fase aguda da crise, qualquer que seja seu país e sua condição social, o que efetivamente há são informações desencontradas e um bando de analfabetos formais tentando discutir um assunto que só diz respeito a quem tem estudado por anos a fio em busca de soluções técnicas para os ataques da natureza contra a vida dos animais da terra, dentre os quais nos encontramos.
Lamento não ser tão convincente como deveria ser nesse momento de angústia, mas os fatos não me deixam sê-lo, por mais que eu tente a responsabilidade com a causa informativa e a seriedade que o momento exige, devo me comportar dessa forma. É mentirosa a informação, no mínimo capciosa, tentar insinuar que a Corona-19 é uma marolinha e que já estamos no final de sua ação, principalmente em nosso país.
As condicionantes são tantas que nem convém enumeraras na sua totalidade, porém é de bom arbítrio tentar clarear a memória daqueles indiferentes à tragédia humana. No meio da pandemia sanitária, ao mesmo tempo, nos sentimos órfãos de Governo Central, o negacionismo foi o que mais prosperou em termos de conduta e informações para o povo perdido entre as fake news e o atabalhoamento da maioria das autoridades competentes, principalmente por seguir a orientação aprendida nas escolas e faculdades ou seguir o achismo do presidente da República.
Nesse momento crucial para nós cristãos, quando comemoramos o nascimento do nosso ídolo maior, independente que ele seja santo ou não, não importa simplesmente ele é o maior filósofo que já passou pelo nosso planeta, tão importante e profundo que até hoje seus ensinamentos e teorias são difundidas por mais de dois mil anos, muitas das quais ainda são estudadas e discutidas pelas suas preciosidades.
Não vamos querer discutir religião e religiosidade, devemos continuar com nossa fé inabalável nos nossos entendimentos e respeitando o pensamento dos nossos oponentes, só assim viveremos em paz com os outros homens. Infelizmente, em decorrência da tragédia que nos atinge somos obrigados a mudar nosso comportamento de confraternizações entre amigos e familiares, somos obrigados a nos reunir apenas e no máximo com os verdadeiramente mais próximos.
Não podemos continuar teimando com a natureza, chega o que já fizemos contra ela, estamos matando nossos recursos naturais, rios e fauna e flora, sob o olhar complacente das nossas autoridades federais, a poluição contamina nossa atmosfera enquanto quem devia cuidar fica a sorrir da maldade humana. O que nos deixa mais triste é saber que tudo é feito sob a égide do lucro fácil e em nome do desenvolvimento canibalístico.
Dessa forma, não temos como desejar um feliz natal ou mesmo próspero ano novo, temos apenas que ter fé e esperança redobrada que os novos medicamentos e vacina, s ainda em andamento, tenhas suas eficácias, efetivamente comprovada na prática e que possamos ter um 2021 de melhor sorte para todos nós, sem a recorrência dos infectados e mortos, vítimas desse mal que nos assolou por todo ano de 2021.
Fica uma certeza que devemos evitar para o futuro, temos que parar de sermos neófitos na política, tentar entender um pouco mais do ser humano e não eleger pessoas indiferentes a sua espécie, voltados apenas para os seus parentes mais próximos, deixando que a própria população procure seus direitos em outras freguesias, é o momento de repararmos esse tipo de erros que estamos cometendo desde que nos entendemos de eleitor, eleitor medíocre. Tenha um natal com os presépios e árvores, de natal, à meia luz, isso se você conseguiu montar suas fantasias natalinas.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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