O fato sem politicagem 05/09/2022
Ontem, 05 de setembro de 2022, foi o dia da Amazônia, nunca foi tão necessários fazer da sua existência exuberante e plena, uma devoção sobrenatural, no sentido que a sua sustentabilidade está intrinsicamente ligada ao passado dos Americanos do Sul, mais importante, ainda, ao futuro de toda a humanidade, detratores das antigas reservas florestais, hoje carentes de um pedaço de verde plantado em qualquer canto da terra, mormente uma floresta com a dimensão Amazônica.
Antes de falar da presença meritória e sua importância tão cantada, em versos e prosas, lembro aos leitores um artigo do Fernando Reinach (Biólogo, PHD em Biologia Celular e Molecular pela Cornell University) fonte “o Estado de São Paulo” página Metrópole, dia 03 último, quando nos informa como forma de facho de luz surgida no meio da Floresta Amazônica, por conta de cientistas que apregoam à necessidade de investimentos em reflorestamentos de US$ 1bilão por ano e por 50 anos.
Essa necessidade decorre do fato de termos ainda, em pé, 458 ecossistemas, preservando o máximo da biodiversidade florestal espalhada por todo planeta. A nossa malignidade alterou em 70% da superfície terrestre, desde o surgimento da agricultura entre os humanos, aproximadamente 15 mil anos, ou seja, mais da metade de todas as florestas foi destruída, sendo metade dessa destruição de 1900 até agora, ainda, 420 milhões de hectares de florestas destruídas de 1990 até agora.
Se não quisermos tornar o planeta irrespirável precisamos para urgentemente com os desmatamentos, preservando entre 17 e 40% da superfície, evitando, dessa forma um colapso de sistemas vivos. Nessa hora entra a nossa capacidade de harmonização com o nosso habitat, aplicando políticas de preservação do ecossistema, priorizando a Fauna e a Flora, trabalhando a terra já desmatada com responsabilidade e senso de respeito com a biodiversidade.
Aproveitando o dia da Amazônia, podemos usar essa data como gancho para fazermos uma reflexão no que vem ocorrendo com as nossas matas, somente na Amazônia, o INPE contabilizou, 33,1 mil focos, queimadas, no mês de agosto, bem acima da média histórica que é de 26.299. Essa situação de descaso gera desconforto com a Flora e a Fauna, acarretando, ainda, alteração nos gases de efeito estufa, com novos níveis de recorde.
Não temos apenas números negativos para a Floresta Amazônica, recordo-me dos anos 1950 e 1960, quando visitar o Norte brasileiro, primordialmente o Estado do Amazonas e do Pará, era passivo de vir contaminado com uma doença regional e as lembranças e histórias eram sempre voltadas para as grandes serpentes, onças, jacarés, e outros ferinos que ficaram no anedotário da Amazônia. Aquela região hoje é povoada por 30 milhões de habitantes e com alguma sustentabilidade.
Por algumas razões mais efetivas devemos lutar por aquela riqueza que é nossa e por ela estamos lutando desde 1500. A Amazônia armazena aproximadamente 120 bilhões de toneladas de carbono, se o desmatamento continuar teremos o equivalente a 10 anos de queima de combustíveis fóssil de todo planeta. Além do desmantelamento das chuvas que caem no Sul, Sudeste e Centro Oeste, cujos prejuízos são incalculáveis, em termos de secas e enchentes. Isso é um fato.
Genival Dantas
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