Velhos vícios, trapos remendados 17/06/2024
Aquela região central, no coração de São Paulo, tida como luminescente, dividida em várias áreas, dentre as quais podemos referendar o quadrilátero da nova velha cracolândia; e a Rua José Paulino e adjacências, ambas depreciadas e volatilizadas, comercialmente falando, nos remete aos tempos de glória em que tudo parecia uma eterna euforia de sucesso e esplendor.
Início dos anos 1970, portanto meio século, tudo se transformou, a região pujante entre Ipiranga e Duque de Caxias a antiga rodoviária recepcionava os passageiros vindos de vários rincões do Brasil, localizada no meio de um comércio próspero com indicativos de um futuro próspero, diferentemente do que exprime hoje dando uma ideia de sorumbático ambiente, praticamente destruído pela sua depreciação.
Existe um projeto de revitalização de todo seu entorno, inclusive com o remanejamento da administração estadual, na tentativa de prestigiar quem ali permaneceu por muito tempo aguardando uma oportunidade para que seu imóvel tivesse uma retomada de preço, justificando, dessa forma, todo seu empenho, mostrando que vale o sacrifício de acreditar na causa em curso.
Quanto a Rua José Paulino e seu entorno esse é um fato que foi prejudicado pela passagem da pandemia da nova Covid, aliada à concorrência chinesa e o comercio online, fazendo daquele setor praticamente uma área morta, contabilizando o fechamento de várias lojas, inviabilizando a continuidade do comercio de vestuário, que sempre foi o forte daquele setor.
Considerando que os aluguéis, mesmo com o mercado em crise, ficaram discrepantes, alguns comerciantes aproveitaram o momento para reabrirem seus comércios em regiões mais baratas, vislumbrando custos menores na tentativa de ter um recomeço que oferecesse a oportunidade de continuar na ativa, mesmo em condições modestas, e em caráter precário.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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