Além de sabotadores não temos nenhuma nesga de esperança (06/03/2021)
- Genival Dantas
- 6 de mar. de 2021
- 3 min de leitura

O Fato Sem Politicagem 05/03/2021
Lotados que estamos entre a penúria e a lamúria ainda temos que conviver com políticos, certamente, polidos a golpe de machado, refiro-me principalmente ao presidente Bolsonaro pela sua forma de agir e se comunicar na condução dos problemas brasileiros, com absoluta falta de educação com os seus interlocutores, com verdadeiro déficit de capacidade administrativa, deixando transparecer que o Brasil encontra-se acéfalo, em se tratando de Executivo.
Enquanto a sociedade civil busca soluções claras e objetivas para a pandemia que nos assola, governadores e prefeitos batendo cabeça entre atropelos e iniciativas individuais, não temos nenhum comando centralizado que possa ser feito um trabalho coletivo e coeso, sem a menor chance do país contar com o governo central, enquanto isso, as vítimas vão se somando com recorde de contaminados e mortes diariamente.
Para piorar o que já estava péssimo somos advertidos pelas autoridades da OMS sobre nossa postura no combato ao Coronavírus, mostrando ao mundo nossa fragilidade no trato com o vírus, corremos o risco de nos contaminarmos em números maiores que os previstos, ainda, podemos repassar aos nossos vizinhos, Sul Americanos, essa desdita, por simples descaso do nosso próprio povo.
Nem tudo está perdido, muitas cabeças pensantes estão se agrupando, em camadas diferentes da sociedade, apontando caminhos para sairmos dessa encruzilhada. Hoje me deparei com dois artigos interessantes e esclarecedores tratando desse assunto, até mesmo cobrando atitudes mais corajosas das nossas autoridades começando pelo Congresso Nacional e o Ministério Público.
Os artigos fazem parte de textos de escritores, cronistas do Jornal O Estado de São Paulo, página de hoje, 06/03/2021. Tanto Bolívar Lamounier, membro das academias paulista de letras e brasileira de ciências, quanto o emérito Advogado, professor titular sênior da USP, membro da academia paulista de letras e ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, eles tratam o atual momento com muita clareza e sentenciam muito tato na administração da crise que atravessamos.
Bolívar muito embora reconheça o momento de extrema gravidade e a forma silente do presidente Bolsonaro de se contrapor ao que a maioria da comunidade médica e científica preconiza para combatemos o vírus da pandemia, entende que não podemos rotular o presidente de genocida, há outros fatores envolvidos vindos de setores diferenciados com absoluta culpa participativa na gestão dos nossos problemas, também por omissão e ou forma de agir não condizente.
O professor Reale como é um profissional da área jurídica, foi mais centrado na matéria, apontando falhas e até mesmo erros crassos por parte do governo federal, sem, entretanto eximir as demais autoridades e patamares do executivo. A sua opinião não é diferente dos brasileiros responsáveis, ele aponta alguns caminhos que devem seguir todas as autoridades envolvidas na causa que é a salvação do país, nesse momento de negligência recorrente.
Sei das dificuldades que estamos atravessando e do possa vir por aí, parcela da população pede socorro em forma de ajuda governamental, provisória, porém necessária e em caráter de urgência urgentíssima, não há como ficar esperando pela morosidade e burocracia do sistema para receber uma pequena cota como adjutório, a fome é maior que a velocidade das iniciativas.
Faz-se necessário a compra de imunizantes para distribuição em âmbito nacional e com distribuição de forma rápida e bem uniformizada; percebemos que nossos profissionais da saúde estão com suas energias se exaurindo, na forma que o tempo passa, a população sofre nas filas, inclusive de idosos com comorbidades, ou não a tensão aumenta e a depressão começa a se fazer presente em todos nós.
É preciso, sim, que nos imbuíamos da necessidade de obedecermos, minimamente, o que a comunidade médica e científica determine em termos de precauções. O isolamento é fundamental para evitarmos a transmissão do vírus em maior velocidade, o asseio pessoal, com a assepsia, principalmente das mãos e o uso das máscaras é fator determinante para vencermos essa fase aguda que nos atinge.
Temos que cuidar das vidas dos outros assim como cuidamos das nossas, com o determinado zelo e acuidade necessários no combate ao inimigo comum, não vamos fraquejar nesse momento, descuidar jamais, nos mantermos de verdadeiras sentinelas, firmes e atentos, vou além, orientar aos que, por motivos alheios não se comportam como deveriam, acarretando insegurança e risco de vida aos mais próximos.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista

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