O Fato Sem Politicagem 24/02/2021
O dia hoje em Ribeirão Preto amanheceu com ar de preocupação para a população não apenas pela a elevada temperatura ambiental que insiste em castiga todos nós, mais ainda aqueles que, a maioria das pessoas, não consegue se acomodar em ambientes refrigerados de alguma forma. Outra preocupação, que é recorrente nos últimos meses é com a informação que será dada logo mais pelo governador João Doria, do Estado de São Paulo.
Essa segunda preocupação é sobre a mudança do plano, se continua como estamos ou vamos entrar numa faixa mais punitiva, acarretada pela ausência de cuidados por parte da sociedade indiferente ao Coronavírus continua se expondo inadvertidamente, elevando o grau de preocupação do setor médico hospitalar, com razão, estamos no limite das ocupações dos leitos hospitalares de enfermarias e UTIs, em nossa cidade.
No âmbito nacional o quadro não é mais animador, no próprio Estado de São Paulo, muitas cidades já se manifestam em implantar medidas mais duras com a circulação das pessoas. Essas medidas restritivas se faz necessário em muitos municípios e em quase todos os Estados; a situação chega ao linear da calamidade pública, não se trata de casos localizados, temos uma evolução da pandemia desde Manaus na Amazônia até Porto Alegre no RS.
Sou da opinião, se um dos remédios para se combater o Coronavírus é o isolamento social que seja dado uma dose cavalar, é melhor administrar um tratamento de choque com possibilidades de cura do que usar as doses homeopáticas, também não precisa exagerar transformando remédio em veneno. Precisamos, sim, ter consciência e colaboração de todos, nesse momento não podemos ter pensamento individual é hora de agirmos coletivamente, dessa forma seremos todos beneficiados.
Outro assunto que vem sendo tratado, por toda mídia nacional, com críticas severas, outras mais brandas, é o caso da Petrobrás que tem tomado rumos de acordo com o comportamento do presidente Bolsonaro, nas últimas horas numa sinalização em busca de apoio político ele levou ao Congresso nacional uma MP colocando à venda a Eletrobrás. Com esse gesto a desvalorização tanto da Petrobrás como da Eletrobrás pararam voltando a reagir positivamente no final da tarde de ontem, com suas ações subindo na Bolsa.
Essa reação imediata foi, de certa forma, a presença física do ministro Paulo Guedes, em companhia de outros ministros e do presidente Bolsonaro, na coletiva de imprensa, numa tentativa de mostrar ao mercado que o plano liberal do governo continua ativo, esperamos que não seja uma propaganda enganosa, já vimos muito fogo de palha nesse governo e na sequência apenas fumaça ao vento.
O Congresso mantém um projeto nesse sentido, desde o início do governo Bolsonaro, por falta de jogo político, ou faro administrativo por parte do governo federal, essa peça não teve sequência para votação, esperamos que esse novo empenho, inicial, não seja apenas mais uma cena midiática na tentativa de esconder o prejuízo que o próprio governo federal deu ao patrimônio da União.
Em mais uma visão turva que o governo atual tem no comando e decisões que precisam ser pontuais e silenciosas, o público só precisa saber quando determinados assuntos já tenham sido devidamente resolvidos, o resto é ruído de comunicação, escândalos é para quem não tem noção.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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