Acreditar que Bolsonaro faria discurso ameno na ONU é ser piegas (22/09/2021)
O Fato Sem Politicagem 22/09/2021
Nos últimos tempos o que não nos falta são problemas para solucionarmos, enquanto as grandes dificuldades vão se acumulando, nos autoridades discutem internamente detalhes de pequenos casos de pouca complexidade e de fáceis soluções até mesmo para terceiro, quarto, ou quinto escalão, entretanto o distanciamento dos discursos entre os Poderosos no comando e a própria oposição torna o momento de calamidade pública e de futuro duvidoso.
A ida do Bolsonaro para seu discurso no ONU, sempre foi um caso normal, quando o presidente é convocado para ser o primeiro orador da turma, esse é um destaque dado do G-20 tendo como destaque sempre o presidente brasileiro, independentemente de ideologia política. Este ano o Bolsonaro para não fugir ao seu temperamento, foi repetitivo, enumerando suas qualidades, dentro da sua ótica, e menoscabando todos seus inimigos políticos dentro da linguagem que lhe é peculiar.
O que ficou claro nos 12 minutos na avaliação feita pele presidente foi o panorama político, econômico e social do país que Bolsonaro imagina; claro que é uma realidade bem distante daquele país em que convivemos. Ele, na sua inocência louca procurou de longe, falar com seus fãs, seus seguidores mais afoitos, mesmo tendo que camuflar dados e situações que pudessem manchar a imagem que ele tentou passar para seus fanáticos apoiadores.
O que me causa estranheza é o espanto que ele causou nos seus adversários, dentre eles a mídia nacional e internacional, é sabido que a mídia fica na torcida adversária do governo Bolsonaro, até mesmo estimulando que a oposição entre com pedido e aceitação do impeachment, do presidente Bolsonaro, pela Câmara Federal, único caminho a ser percorrido com esse processo até chegar ao Congresso, atuação das duas Casas, para o resultado final.
No calor da empolgação visto ontem, observei como a nossa imprensa é desarticulada, com a repetição dos mesmos chavões, narrativa repetitiva e requentada, a classe política vai além, a esquerda querendo o retorno ao comando do Poder Executivo faz ilações, contando com a CPI do Coronavírus, dominado pelo grupo do trio de ouro da inconsistência, Omar Aziz, Randolfe Rodrigues, e Renan Calheiros, formam o tripé no comando da Comissão.
Estamos caminhando para o quinto mês da CPI e nada de mais consistente foi levantado para cassar o presidente Bolsonaro, o verdadeiro motivo da formação dessa Comissão, tanto é verdade que havia outros objetivos, na sua formação, entretanto, depois de instalada as ações em busca da verdade sobre o paradeiro do dinheiro federal liberado para os Estados e Prefeituras, simplesmente foi ignorado pela oposição, ficando, definitivamente, o dito pelo não dito.
Temos hoje no Brasil um Legislativo acuado, sendo dominado pelo grupo do Centrão, mais esfomeado que nunca, conseguindo todos seus objetivos em termos de liberações de verba, com os presidentes das duas Casas praticamente comprometidos com o presidente Bolsonaro, em busca de um acordo para que o atual mandato do Bolsonaro chegue ao seu final em 2022, ficando Judiciário atuando de forma independente e livre de qualquer penalidade pelos seus abusos.
Pela fraca atuação do presidente Bolsonaro, em decorrência da sua incapacidade de administrar qualquer micro empresa, com todo espeito aos microempresários, e a tolerância do Legislativo, mais ainda, a atuação invasiva do Judiciário, que vem atuando com interventor do Estado, anulando nomeações e impondo normas ao Executivo, sendo ao mesmo tempo Legislador, investigador e sentenciador, o STF perdeu sua melhor qualidade: Guardião da Constituição, o que é uma pena!
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