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Acidentes e mortes não são apenas índice pluviométrico

Foto do escritor: Genival DantasGenival Dantas






O fato sem politicagem 17/02/2022



Considerando que as mudanças climáticas espalhadas por todo planeta terra vem causando transtornos, tumultos, desastres, mortes e dificuldades na geração de alimentos face ao descompasso do clima que não tem mantido uma regularidade que era normal e que nos últimos tempos tem se mostrado intempestivo, tanto na escassez como na abundância.


Nosso planeta vem passando por transformações basilares, não há mais uma uniformidade de temperaturas regionais, tanto é que vem ocorrendo um aquecimento preocupante para todos nós, com reversão de valores, modificando características observadas a olho nu, nos passando uma sensação de vulnerabilidade humana ao seu habitat natural.


No Brasil, os mais experientes hão de convir quão absurdo era imaginar em um passado nem tão distante, o Nordeste brasileiro ser sacudido por chuvas volumosas castigando os nativos com suas quantidades acima de uma média vistas em momentos esporádicos e que ultimamente vem ocorrendo de maneira absolutamente regular, inclusive no sertão.


Outro fato que também provoca sensação de desconforto é a estiagem observada em algumas regiões no Sul do Brasil, especificamente no Estado do Rio Grande do Sul, notabilizado pela sua forte característica de águas fartas e terras ricas com safras abundantes, verdadeiro celeiro dos grãos e pastos verdejantes, reconhecidamente uma área pecuarista.


Infelizmente, o que vem ocorrendo no nosso país continental pode ser considerado sequelas resultantes da falta de respeito do homem para com a terra, consequentemente, com sua biodiversidade. A nossa geração é testemunha ocular do quanto estamos sendo irresponsáveis no trato com a natureza, não tendo nenhum respeito com a fauna e flora.


A situação verificada em nossos Estados não é consequência de atos imediatos, é uma sequência de estúpidas políticas de governos passados e presente, sem nenhum critério de conservação dos nossos recursos naturais, tanto na zona rural como urbana. É bom deixar claro que toda e qualquer ação criminosa nas nossas matas e rios repercute nas nossas cidades.

O que vem acontecendo nos últimos dias, na Bahia, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, especificamente na cidade de Petrópolis, a cidade imperial, é, sem dúvida, resultante da falta de respeito com a natureza, em locais distantes das respectivas regiões referendadas, como ainda, absoluta falta de gestão dos seus gestores Estaduais e Municipais.


Precisamos urgentemente parar com a política de destruição das nossas reservas naturais, nem que para isso seja formado um comitê supra governos, voltado para a reengenharia de um projeto uniforme, com poderes determinantes, buscando uma verdadeira revitalização do nosso espaço, com produção e preservação do que existe.


Quanto as nossas cidades, incluindo Capitais, se faz necessário implantarmos uma política de alocação de recursos para retirada dos ocupantes das áreas e muito risco e riscos, levando às famílias brasileiras um pouco de tranquilidade pelo menos na sua moradia, um direito constitucional, moradia, alimentação, educação e saúde.


Tem que ser determinante que as áreas já afetas, com soterramentos, por várias razões, devem, definitivamente, ser interditadas, levando aos seus ocupantes uma nova área física, com toda infraestrutura buscando proporcionar segurança, saúde e bem-estar, incluindo água, esgoto e luz, o mínimo para se viver com dignidade.


Chegue de ficarmos vendo vídeos de pessoas sendo arrastadas pelas águas juntas com lixo, carros, animais e todo tipo de entulho, como se fôssemos verdadeiros seres despejados pela própria natureza, com a conivência dos nossos gestores, é chegado o momento de recorrermos aos Executivos, Legislativos e Judiciários. O direito é um dever do Estado proporcioná-lo ao seu cidadão.


O homem brasileiro precisa ser respeitado, com todos os direitos que lhes são inerentes, claro que ele, o homem tem deveres também para com o Estado. É inadmissível verificar o trabalhador, homem ou mulher, estudante, criança, em toda faixa etária, sendo socorrido pela caridade humana, quando temos governos que sugam a capacidade de investimentos na população, desviando recursos em benefícios próprios.



Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista



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