O Brasil desde sempre, no seu período Republicano, carece um pouco mais de respeito por aqueles que sempre fizeram sua história política, econômica e social. Considerando que a instalação da República foi decorrida por um golpe dos republicanos, não por amor ao país, mas ao desejo de ascensão ao Poder Central, e com o regime em andamento, na época, mais ainda, a presença de Dom Pedro ll, o grande estadista que o Brasil já teve, os sonhos dos republicanos seriam sempre pesadelos.
Assim sendo, os aliados da República, contando com o apoio de uma ala da Maçonaria e outra do Exército brasileiro, o plano do golpe foi elaborado e executado, em 15 de novembro de 1889, portanto, há 132 anos. Se o planeta rendia homenagens ao império brasileiro, principalmente, pelo caráter democrático que o imperador Dom Pedro ll, se impunha de forma elegante e voltada ao mais necessitados e a classe intelectual.
Nosso segundo e último imperador se notabilizou pela sua conduta honesta, apoiadora das artes, de cultura nacional, além do seu apoio ao fim da escravidão em nosso país.
A libertação dos escravos só não ocorreu antes pelo fato dos agricultores e senhores de engenhos absorverem parte dessa mão de obra, setor econômica de imperava no Brasil, uma ação imediata pelo fim da escravidão seria motivo de revolta de um setor que praticamente vinha mantendo a economia do país. Mesmo assim, cuidadosamente, foi trabalhado o momento oportuno e certo para que o fato fosse consumado.
Dom Pedro por mais de uma vez mostrou sua capacidade produtiva e amor a terra em que nascera, tendo pensado na transferência da Capital Federal para o Centro Oeste brasileiro, plano executado pelo segundo estadista brasileiro, Juscelino Kubitschek, nos anos 1950/1960. Para a transposição do Rio São Francisco, Dom Pedro, anunciou que venderia até as joias da Coroa para o projeto que ele considerava fundamental para o nordeste.
O Brasil nunca esteve tão com na época imperial, deflagrado o golpe, com a capacidade invejosa e espírito de ganância da maioria dos que passaram a governar o país, de forma corrupta e até mesmo leviana, trabalhando em benefício próprio e de grupos apoiadores do regime em andamento. A nova República, em nome da redemocratização, a partir de 1988, não passa de um embuste, e a nação sendo tocada aos trancos e barrancos.
Não podemos nos orgulhar de um país e seus governos, que usam o nome do povo e da democracia para usurpar o poder, trabalhar para seu enriquecimento ilícito, com demandas corruptas e desamor ao próprio ser humano. É o caso específico dos últimos 33 anos, pasmem, maior período democrático que já tivemos em todo regime republicano, um verdadeiro contraste e de desequilíbrio moral e político que o mundo assiste.
Nesta data, 15 de novembro de 2021, precisamos fazer uma reflexão honesta e objetiva, tratar o país com a dignidade que ele, efetivamente, merece, vamos maturar a ideia de fazermos uma faxina nos Poderes constituídos, renovando o Legislativo, expurgando aqueles que têm dignidade de ocupar cadeiras no Congresso nacional; tirar do Executivo aquele que nada acrescenta ao Brasil.
Mais ainda, não retornar, também, aqueles que só ofereceram, no Poder, a tirania e a desconstrução nacional. No momento uma terceira via se faz necessário, desde que não venha acompanhada por elementos de correntes já testados e reprovados pelos danos já feitos ao país. Somos uma pátria de 215 milhões de brasileiros, não é possível não haver um brasileiro moldado na honestidade e conceitos morais para administrar o Brasil.
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