A sofreguidão sempre foi maior que a capacidade dos políticos (20/08/2021)
Atualizado: 22 de ago. de 2021
O Fato Sem Politicagem 20/08/2021
O estágio atual da vida tem levado muita gente ao êxtase voluntário, corroborado pelos efeitos colaterais da pandemia sanitária e a transloucada ideia de uma situação política voltada para a polarização entre dois grupos em elevada situação de cipoal, com a pusilânime capacidade dos dois líderes, contatados e aferidos de forma inconteste e sem nenhuma aparente solução buscada na possibilidade de uma terceira opção para o governo federal do Brasil, nas eleições de 2022.
Não é nenhum caso de devaneio ilustrado pela capacidade dos redatores consagrados na literatura dos contos que contam as histórias embevecidas, apresentadas sempre no horário nobre dos canais e costumeiramente após as sessões de velórios, que foram transformados os noticiários noturnos, desde o início da pandemia, fevereiro de 2020, acompanhado por uma plateia cada vez mais infiel, pelos trágicos números apresentados e a tetricidade dos quadros tão maçantes.
Resumindo o quadro atual da política nacional, hoje tudo gira em torno dela, o Legislativo não é mais o Legiferante em nosso país, ele tem a companhia do Judiciário que concorre diretamente nessa seara, além das determinações pontuais que são ditas, principalmente pela casa maior daquele Poder, o STF, objetivamente quando o assunto se faz referência ao Executivo, transformado apenas em setor de obediência e execução do que determinado foi pelos demais Poderes.
Esse quadro politicamente degradante para uma República Democrática, além de tumultuar toda vida produtiva do país, traz consequências terríveis para o andamento, principalmente da economia, pois geram desconfortos consideráveis, além da instabilidade financeira e jurídica, no momento a governabilidade do Brasil fica vinculada ao bom humor dos presidentes da Câmara Federal, do Senado Federal, ainda, da anuência do STF, finalmente, execução do Executivo, simples assim.
Na proporção que o tempo passa e não havendo nenhum movimento, mais sério, colocando freios nas ações desarticuladas do presidente Bolsonaro, que não tendo nenhum cacoete ou aptidão para o cargo que foi eleito, continua emanando ações por livre e espontânea vontade, sem procurar se apoiar em seus auxiliares diretos, pelo menos para tentar errar o menos possível, pois, material humano ele tem a sua disposição e acreditamos que seja o melhor possível.
O que vem ocorrendo, dentro dos Poderes, parece até uma gincana promovida por um colégio voltado para a educação primária ou elementar. São tantos erros, desconhecimentos, projetos mal elaborados, decisões descabidas, ingerência de um Poder sobre os outros, a impressão que temos é que o manual de normas e procedimentos foi perdido e não há como montar um novo para orientação geral da Nação, é uma pena que tenhamos de conviver com essa degradação.
Os assuntos sérios e emergenciais são tratados como se fossem pegadinhas de programas de auditórios, manipulados por apresentadores de pouca intimidade com os assuntos pautados. Os atores envolvidos nas ações agem como se estivessem defendendo uma causa própria, nunca em situações coletivas e até de interesses humanitários. O que esperar de um barco sem rumo, no meio de um vendaval, em águas turbulentas, pilotado por um capitão amador e de primeira viagem.
Comments