Velhos vícios, trapos remendados 01/12//2024
No 28º Congresso da Abrange, associação de operadoras de saúde suplementar, vários assuntos foram discutidos por diversos setores de atendimento do segmento médico, medicamentoso, além da participação expressiva do Judiciário, muito bem representado pelas autoridades, Luiz Roberto Barroso, Gilmar Mendes e José Antônio Dias Toffoli, ministros do STF.
O Jornal O Estado de São Paulo trouxe uma matéria paga, produzida pelo Estadão “Blue Studio” e apresentada pela Abrange, com informações diversificadas, apontando um norte a ser seguido tanto pela saúde pública como a suplementar, na tentativa de apaziguar um segmento econômico carregado de judicializações e as reais possibilidades de torná-lo mais operativo sem incongruência.
Ainda lembro, no final dos anos 1970, quando ainda estudante de um curso de atualização em Administração Hospitalar, já existia desajustes entre os hospitais e os pagamentos feitos pelo governo federal, que tinha seus valores glosados, sempre por divergências no preestabelecido e o interpretado, essa situação era mais presente nos hospitais beneficentes, notadamente as Santas casas.
O resultante desse Congresso foi a pauta da integração de sistema e uso de novas tecnologias, além da necessidade de criação de uma agência única de incorporação de medicamentos a interoperabilidade de dados dos pacientes e ao uso de inteligência artificial, tema em evidência nos últimos tempos e tão necessário aos controles da moderna administração atual.
Não obstante o laborioso trabalho apresentado, alguns aspectos ficaram sem a devida cobertura, talvez por falta de espaço, foram 12 horas de trabalho e muitos temas discutidos. Faltou a opinião dos sindicatos dos hospitais e da federação das Santas Casas, além do Conselho Regional de Medicina, na certeza que esse assunto seja levado a outros setores da economia equacionando de forma objetiva a judicialização geral, tratada serenamente pelos Três Poderes e os setores produtivos.
Genival Dantas
Comments