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Foto do escritorGenival Dantas

A parceria política entre Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão não se coaduna mais (28/05/2021)






O Fato Sem Politicagem 28/05/2021


Faz muito tempo que a relação de trabalho entre o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e o seu vice-presidente, Hamilton Mourão, anda mais que estremecida, não há nenhuma simetria entre o pensamento político de Bolsonaro e Mourão, não entendo até como foi possível se fazer uma aliança política entre duas pessoas de personalidades tão opostas e divergentes; muito embora Mourão tente se mantiver por vezes como um bombeiro na relação dos dois.


Os últimos acontecimentos ocorridos na região norte quando o vice-presidente Mourão e também presidente do Conselho da Amazônia, passou descompostura no ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não ter comparecido à reunião do Conselho, nem mesmo enviado um seu representando, fez Mourão ter denominado o Salles de mal-educado, pecha só debitada àqueles que não merecem o nosso apreço e consideração.


Já faz algum tempo que o presidente Bolsonaro não convida o seu vice Mourão para participar de nenhum ato político ou mesmo administrativo, o último flagrante rompimento entre eles foi à reunião ocorrida entre a cúpula do Partido Político (PRTB) sigla procurada por Bolsonaro, sem partido, para filiação, e que é o Partido do vice-presidente, Mourão, sendo ele a maior expressão política do Partido e nem convidado foi ao evento interno.


Há muitas inferências entre o comportamento das duas maiores expressões do Executivo Nacional, as evidências é que existe um divorcio de fato, em andamento, faltando apenas o aspecto jurídico ser confirmado para que eles sigam caminhos distintos, cada um procurando o seu melhor. Há especulações que o general Mourão procura se potencializar a candidato ao Senado, no próximo ano, não sendo candidato à vice-presidente em companhia do presidente Bolsonaro.


Nessa ruptura, provável, o maior beneficiado será o vice-presidente Mourão por vários aspectos, o principal deles é o fato da exposição que ocorreu do Mourão, durante todo esse tempo como o segundo homem do Executivo brasileiro, em intromissão nos assuntos mais espinhosos que vêm ocorrendo na gestão do Bolsonaro, portanto, Mourão se capitalizou com os louros sem se lambuzar com o dolo em termos de negligência na administração Bolsonaro.


Mais ainda, sendo Bolsonaro um governante contestado pela sua inoperância e ineficiência e o Mourão totalmente isento no comando das ações governamentais, a situação do vice-presidente é muito cômoda e de realce positivo para tentar uma vaga no Legislativo, quanto ao atual presidente, Bolsonaro terá poucas chances de reeleger na presidência dado as muitas contestações dos seus atos falhos, em termos administrativos, e seu péssimo jogo de cintura na liderança do País.


Genival Dantas

Poeta, Escritor e Jornalista







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