O Fato Sem Politicagem 17/08/2020
· A mídia nacional e até internacional - nos últimos dias tem dado ênfase em um assunto repugnante e indigesto para as pessoas do bem, mormente as voltadas para a família e respeito ao ser humano, principalmente quando se trata de estupro de vulnerável, como é o caso que ocorreu no Espírito Santo, quando um marginal desqualificado, 33 anos, vinha mantendo relações sexuais com uma criança desde os seus seis anos de idade, tendo-a engravidado, com o agravante de ser o marginal tio da vítima. Tão cruel quanto o crime do estupro foi à divulgação dada ao assunto por pessoas totalmente alheias ao assunto e sem nenhum vínculo as ações de soluções, absurdo que só degenera a moral da própria criança, só piorando a situação;
Para piorar, ao ser interrogado, o bandido pede que seja feito teste de DNA, pois ele acusa um avô e outro tio da menina de praticarem o mesmo crime, com a mesma criança e, no caso dele, as relações vinham sendo consensuais. Para esse tipo de gentalha a canalhice não tem limites, mesmo que tenha ocorrido participação de outras pessoas, no decorrer desses quatro anos, nada justifica a gravidade do crime por ele praticado;
Não merecendo nenhuma consideração ou argumento para não lhe imputar a penalidade maior que as Leis permitirem. Infelizmente o aborto provocado e autorizado judicialmente, feito na criança, foi preciso e necessário para salvar a vida da vítima, conforme informações os órgãos da grávida ainda não estavam devidamente formados o que seria temerária a manutenção daquela gravidez;
Ao me deparar com essa triste situação, no noticiário brasileiro, lembrou-me imediatamente de um artigo recente do ilustre Desembargador, decano, do TJSP, José Carlos G. Xavier de Aquino, em referências aos crimes e suas penas, dentre elas, foi referendada a lei de talião, na Babilônia, que pregava: “Olho por olho, dente por dente”, uma maneira cruel e bárbara que se fugia da justiça para praticar a punição. Chegamos ao desplante de pensar em uma situação bem parecida o que era empregada no pretérito da humanidade.
* Perspicuidade e clarividência – são duas situações distintas e nem sem há associação entre elas, são muito diferentes, uma situa-se no material a outra voltada para o espiritual, o fato é que numa entrevista na TV, o Ministro do STF, Marco Aurélio de Melo, inverteu os papéis e pergunto a um dos seus entrevistadores, no caso o Jornalista, Poeta e Escritor, José Nêumanne Pinto, no Programa Roda Viva, se aquele jornalista não acreditava no Supremo Tribunal Federal, STF;
A resposta foi fulminante: NÃO, e na sequência Nêumanne fez um relato dos porquês da sua negativa, deixando o ministro simplesmente sem chão, ele jamais imaginou que alguém tivesse tamanha coragem para enfrentar uma figura do Judiciário brasileiro, primordialmente, um membro daquela casa, considerados por eles mesmos como os semideuses brasileiros. Essa semana teve uma cena considerada até mesmo patética, numa entrevista à Rádio Eldorado, o novo Líder do governo foi simplesmente jocoso;
O deputado Ricardo Barros (Progressistas/PR), Centrão, justificando o apoio daquela corrente política naquela casa, ao governo Bolsonaro ele foi enfático: “é absolutamente justo, os partidos que apoiam o governo tenham em troca acesso a cargos na administração desse governo”. Ainda, “a Constituição tem o presidencialismo de coalizão”. Lembrou o parlamentar, o atual modelo político-eleitoral, o presidente não tem maioria, sendo obrigado a formar essa maioria com outros partidos ou correntes políticas, como é o caso do Centrão, para ter governabilidade;
Ponderou ainda o deputado: são esses parlamentares que permitem o governo aprovar matérias prometidas em campanha e esse grupo dever ter elementos dentro do governo, reforçando, “é assim que funciona no Brasil. É muito triste sabermos que tudo isso dito representa, sem dúvida alguma, o toma lá dá cá, prática tão combatida pelo candidato Bolsonaro e hoje praticada sem nenhuma vergonha de expô-la publicamente, pode até ser legal do ponto de vista jurídico, entretanto, é imoral do lado ético.
· Balança, mas não cai, por enquanto, - a situação do Ministro Paulo Guedes vai depender muito da sua defesa e compreensão por parte do Congresso Nacional e dos demais ministros que buscam engordar seus ministérios para execução de projetos até o final desse ano e para o decorrer do próximo ano. Enquanto Paulo Guedes, Economia, procurar trancar o cofre outros colegas seus buscam a chave e o segredo, numa tentativa insana de ampliar mais ainda o déficit da nossa dívida;
A situação é crítica e de difícil solução, porém é administrável, basta o presidente Bolsonaro parar com essa campanha fora de hora para a reeleição em 2022 e se portar como um estadista, trabalhando em função do Estado, esquecendo o seu eu tão presente em suas atitudes, dessa forma todos sairão ganhando, o país com soluções possíveis, sem megalomanias, o povo por sentir firmeza e ponderação no seu administrador e o próprio presidente, ganhando a confiança do povo, com soluções factíveis e reais. Esse sim é o país e o presidente que precisamos e queremos.
Genival Dantas
Poeta, Escritor e Jornalista
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